terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cairam as escamas de meus olhos...


  Testemunho de Vida
            Desde que nasci fui criada na testemunha de Jeová (TJ). Minha mãe, meu irmão e minha avó são Tj. O meu pai foi católico, mas atualmente ele não tem religião, mas
ele concorda com a religião da minha mãe e também não gostou muito da idéia de que eu fosse para a católica. Tanto a minha mãe, como o meu irmão e minha avó também já foram católicos, mas antes que eu nascesse eles já tinham se convertido para a TJ. Antes da minha conversão, sempre fui muito convicta de que estava na religião certa.Eu falava: "- de todas as religiões que existem,para mim a pior é a católica"!
            Mas como o desígnio de Deus em minha vida foi realizado de modo maravilhoso. Tudo começou quando mudei de escola, um dos maiores colégios aqui de Fortaleza. Nesta mesma sala quem estudava junto comigo, era o Thiago Amâncio( que  Hoje  é da comunidade de vida shalom). Ele foi uma das primeiras pessoas que conheci na sala. E foi ele que me evangelizou.                                                                              
           Com o passar dos dias, fui notando uma diferença nele, em todos os seus assuntos, o modo como ele se comportava, em tudo ele era diferente. Essa parte acho que você já deve ter escutado de outros testemunhos. É quando você olha para aquela pessoa, e diz: "- sim, ele é diferente, é algo nele que o torna deferente”. No seu jeito de falar, os assuntos de que ele falava, a sua conduta, tudo isso me impressionava por ele ser católico!Ora, eu não sabia que existia católicos assim, como ele, e ainda mais sendo JOVEM! Antes de conhecer a Igreja, eu nem sabia que existia renovação carismática, nem comunidade católica e muito menos nunca tinha ouvido falar em Shalom.
Um
certo dia, conversando no intervalo,me disse que fazia parte de uma comunidade católica chamada Shalom. E me fez o convite de ir com ele, conhecer a comunidade. Essa parte foi engraçada porque, no mesmo instante eu pensei: “- rsrsr, jura que eu vou, já to é lá.Deus me livre e guarde de ir pra esse negocio de shalom.                                  
           Mas, ‘como Deus é fiel e não nos abandonará, ’ comecei a desperta o interesse para saber, mas sobre a religião católica, o que era também esse negocia de renovação carismática, cheguei até a começar a ler o começo catecismo da Igreja no site do vaticano. Foi nessa época que comecei a sentir um profundo desejo em meu coração de ter uma intimidade com Deus, assim como eu via que Thiago tinha. Eu não sabia na época porque sentia esse desejo, e quanto mais o tempo passava isso ia aumentando em mim, e eu nem percebia que o eu estava sentido era esse desejo ardente por Deus. E por esse mesmo desejo, fui impulsionada em certa noite a mandar uma mensagem para o celular do dele perguntando o que eu poderia fazer para ser que nem ele íntimo de Deus. Alguns minutos depois ele me respondeu, todo empolgado dizendo que tava muito feliz por mim, e queria falar comigo pessoalmente. Eu fiquei desconfiada, pois eu não pretendia mudar de religião, apenas descobrir o que eu poderia fazer para ser íntima de Deus. Eu queria ir ao shalom, para ver o que as pessoas faziam para serem intimas de Deus. Apenas isso!                                       Quando foi no outro dia no colégio, eu falei com ele, que queria ir para shalom,(queria ver o que  as pessoas faziam no shalom para  serem intimas  de  Deus) mas tinha um pequeno problema: minha mãe não iria deixar. E ele me respondeu: "- mas você consegue..." Até hoje, quando me encontro em alguns conflitos com meus pais, eu me lembro de quando ele me disse isso, e escuto na voz de Deus dizendo para mim que o seu amor supera as minhas franquezas, e eu consigo porque nada para Ele é impossível.
            Comecei a fazer perguntas para Thiago, sobre tudo da Igreja, foi uma forma que encontrei para descobrir o que eu podia fazer para também ser intima de Deus;
Comecei de mansinho nas horas do intervalo quando estávamos conversando, logo depois, fui trazendo “pequenas folhinhas” com 20 a 30 perguntas para ele responder. 7h da manhã lá estava eu entregando as perguntas, e quando era às 12h e 50 mim. Ele me entregava todas respondidas...          Eu comecei ter um susto, porque, o que eu tinha aprendido sobre a católica, tudo que as TJ, falava que era errado, ele estava me explicando que não era assim, era de outro modo, até ai tudo bem, mas isso ia confirmando com o que eu ia vendo na bíblia. E para mim, não foi simplesmente: ''-há puxa que legal tudo que aprendi sobre a católica, das coisas erradas que me ensinaram que eles fazem eu to vendo que é mentirá!Agora eu vou mudar de religião!”Não foi bem assim a minha reação. E no começo, confesso que fiquei desesperada e confusa.
            Queria agora conhecer mais sobre o shalom, o que era essa comunidade católica, a qual nunca tinha ouvido falar... Passei a acessar o site e a ler tudo; Quem somos, onde estamos,fundadores.Quando não acessava o site em casa, era na hora do intervalo do colégio.Eu corria assim que tocava para a sala de informática, acessar no site do shalom,e ficar lendo! A 1° vez que acessei o site descobrir que existia uma rádio do shalom,na época a freqüência ainda era FM 102,9 (hoje é AM 690),PUXA,fiquei também curiosa para escutar a rádio.Na época,eu tinha um mp4,e a 1° vez que sintonizei a radio shalom,era no programa TEMPO DE VIVER com o padre Antonio furtado!aaaa nossa,depois dessa vez,nunca mais deixei de escutar a radio shalom,eu aprendi muito coisa na radio sobre a Igreja!Queria ir pro shalom,queria ser intima de Deus,queria descobrir a verdade,e o que estava acontecendo comigo??eu tinha muita sede de Deus....E sentia necessidade de saciá-la...
            Comecei a escutar a missa na radio shalom aos domingos a noite transmitida do shalom da paz(casa mãe em fortaleza), e também as quintas feiras, uma missa de cura. Um dia, eu descobrir que o Thiago ia pra missa todo dia de manha antes de ir para colégio,a fiquei pensando comigo:''nossa,todo dia?" comecei a assistir a missa todo dia pela televisão,e assim passava a legenda de todas as resposta que a assembléia dá na missa, foi que aprendi também as resposta.Aprendi a rezar também o terço mariano pela radio, e também a rezar o terço da misericórdia com o padre Antonio furtado.As perguntas pro Thiago ficaram mais freqüentes, agora em vez de uma ou duas vezes por semana, era todo dia.
Bom,mas resumindo  a história,minha família sofreu muito com  a  minha  decisão!Mas Deus me deu a graça! Minha mãe, em especial chorou muito, me perguntando o porquê eu tava fazendo aquilo. Muitas vezes eu tentava desisti, mas Deus já havia conquistado meu coração,algumas vezes eu ia para meu quarto, me ajoelhava chorando muito, e começava a pedir perdão a Deus por eu ter pro alguns instantes querer ir para católica.
Lembro-me de certa vez em que, ela falando comigo para que eu voltasse na minha decisão, ela se ajoelhou nos pés de minha cama, e começou a chorar fazendo uma oração, no qual o que mais repetia era: “Deus, ajuda a minha filha.”           
Todas as vezes que eu estava sozinha em casa, procurava escutar a rádio shalom. Comecei a perceber que os locutores falavam muito a respeito, das pessoas ajudarem financeiramente a comunidade, pois ela é sustentada pela providencia de Deus. Aquilo tocava o meu coração de forma que eu pensava: “- puxa, eu não faço nada para ajudar a Igreja, para ajudar aqueles que são missionários, que vivem para trabalhar na vinha do Senhor...” Eu me sentia que, eu nem sequer evangelizava. Foi então que tive uma brilhante idéia. Não iria mais lanchar no colégio! Mas, o que isso tem haver em ajudar os missionários? Passei juntar todo o dinheiro que eu recebia do meu pai, para lanchar no colégio, e pedia para que amigas minhas que também estudavam na escola e era do shalom, coloca-se na coleta da missa no shalom.                         Graças a Deus, que me tirou as escamas de meus olhos para a verdade que me libertou. Hoje sou do  pastoreio do projeto criança,acolhimento, e promoção humana ,meus pais já me respeitam. Crismei-me no dia 21 de novembro de 2009, e neste mesmo dia fiz a minha 1° comunhão. Até o dia de hoje, já recebi Jesus 159 vezes.(até o dia  de hoje,14  de setembro) Sou muito feliz por ser shalom. E estou convicta de que não existe vida melhor, do que a nossa vida, mergulhada nesse infinito amor, que nada pode superar.                                                                                                                               
O que mais me chamada atenção em toda a minha vida, é que mesmo sendo criada na TJ desde o berço, eu fui batizada pela católica, ainda quando bebê, pelo meu tio que é padre. Quando ele me viu, bebê quis logo me batiza, e minha mãe, na época,minha mãe perguntou para o ancião da TJ(um pastor) se tinha algum problema e ele disse que era apenas uma “aguazinha” que ele iria jogar na minha cabeça.Desde bebê Deus já cuidou de me guiar com o seu Espírito Santo, para no momento certo,  realizar esse novo em minha vida.
Sempre na missa, na parte do ofertório, existe duas coisas que sempre oferto a Deus.O meu corpo e o meu sangue,mesmo sabendo que não é precioso, que não tem valor algum, mas me coloco a disposição do Senhor, para perder minha vida por Ele, no anúncio do Seu amor.Já não quero dar a Deus aquilo que posso no meu máximo, mas Tudo quero dar. Aconteça o que acontecer, peço a Deus todos os dias, a sua graça para que  nunca eu venha abandoná-Lo.                                                                                                          As vezes fico rezando me perguntando que amor é esse que Deus tem por mim, que me faz dependente dEle para tudo,que amor é esse que move a fazer qualquer coisas para tentar responder a altura desse sentimento, que amor é esse que quis se fazer “dependente” de mim, que amor é esse que se abaixa a minha pequenez para receber meu pequeno louvor,e adoração que não necessita pois é o supremo de tudo.Que amor é esse, que se deixa encontrar por mim,quais os motivos que Deus tem para me amar? Pois quando volto meu olhar para mim, não consigo enxergar nenhum.                           

“Pai de bondade escreve em minhas lagrimas, em cada uma delas que eu te amo, se assim for, quero sofrer de amor por Ti cada vez mais, para que em cada gota que eu derramar eu possa te dizer que te amo. E te peço daí-me, coragem, para todos os dias com a Tua graça, lutar para que o meu sim seja para sempre. Como Maria, aos pés da tua cruz entregar a minha vida sem nada reter. Torna-me uma filha capaz de te ver. Ajuda-me, Senhor, a viver na luz da tua graça e na força do teu amor. E quando minha vidas caminhar nas trevas, salva-me antes que minhas pobres moedas me façam te perder.Apesar dessas coisas, Senhor, tu és nosso Pai, nós somos barro; tu, nosso oleiro, e nós todos, obra de tuas mãos (Is 64, 7).
Assim seja.”

Luciana de Souza Carvalho.
 PS:  para  receber esse  testemunho na integra  envie seu email para: folhaconvite@bol.com.br

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Papa conta experiências da sua juventude

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 3 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – A guerra e as dificuldades, as próprias dúvidas e o encontro com Jesus são algumas das vivências pessoais que o Papa Bento XVI revive na Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude (Madri, 2011), divulgada hoje pela Santa Sé.
Nela, o Papa percorre os anos da sua vocação e propõe sua própria experiência aos jovens, pois as aspirações de um jovem “são as mesmas em todas as épocas” e podem ser resumidas no “desejo de uma vida maior”, que não acabe em “mediocridade”.
Os jovens, “como em toda época, também em nossos dias”, sentem o “profundo desejo de que as relações interpessoais sejam vividas na verdade e na solidariedade”.
“Muitos manifestam a aspiração de construir relações autênticas de amizade, de conhecer o verdadeiro amor, de fundar uma família unida, de adquirir uma estabilidade pessoal e uma segurança real, que possam garantir um futuro sereno e feliz.”
No entanto – afirma o Papa, recordando sua própria juventude -, “vejo que, na verdade, a estabilidade e a segurança não são as questões que mais ocupam a mente dos jovens”.
“Sim, a questão do lugar de trabalho – e, com isso, a de ter o porvir garantido – é um problema grande e urgente, mas ao mesmo tempo a juventude continua sendo a idade na qual se busca uma vida maior.”
O Papa recorda sua juventude, que transcorreu entre a 2ª Guerra Mundial e o imediato período pós-guerra.
“Ao pensar nos meus anos de então, simplesmente, não queríamos perder-nos na mediocridade da vida aburguesada. Queríamos o que era grande, novo. Queríamos encontrar a vida em si, em sua imensidade e beleza.”
Certamente, reconhece, “isso dependia também da nossa situação. Durante a ditadura nacional-socialista e a guerra, estivemos, por assim dizer, ‘presos’ pelo poder dominante. Por isso, queríamos sair, para entrar na abundância das possibilidades de ser homem”.
Contudo, afirma, “este impulso de ir além do habitual está em cada geração. Desejar algo mais que a cotidianidade regular de um emprego seguro e sentir o desejo do que é realmente grande faz parte do ser jovem”.
“Será que se trata somente de um sonho vazio, que se desvanece quando a pessoa se torna adulta? – pergunta-se. Não. O homem, na verdade, foi criado para o que é grande, para o infinito. Qualquer outra coisa é insuficiente.”
Citando um dos seus pensadores favoritos, afirma: “Santo Agostinho tinha razão: nosso coração está inquieto enquanto não descansa em Deus. O desejo da vida maior é um sinal de que Ele nos criou, de que carregamos o seu selo”.
Dúvidas
A juventude, reconhece o Papa em sua mensagem, é também “uma fase fundamental que pode turbar o ânimo, às vezes durante muito tempo. Pensamos em qual será nosso emprego, como serão as relações sociais, que afetos é preciso desenvolver…”.
Bento XVI volta novamente aos seus anos juvenis e compartilha com os jovens suas próprias vacilações e dúvidas.
“De certa forma, em pouco tempo tomei consciência de que o Senhor me queria como sacerdote. Mas depois da guerra, quando eu me dirigia a esta meta no seminário e na universidade, tive de reconquistar esta certeza”, explica.
“Eu tive de me fazer esta pergunta: realmente é este o meu caminho? É verdadeiramente a vontade do Senhor para mim? Serei capaz de permanecer fiel e estar totalmente à disposição d’Ele, ao seu serviço?”
A decisão do sacerdócio não foi fácil: “Uma decisão assim também causa sofrimento. Não pode ser de outra forma. Mas depois tive a certeza: assim está bem! Sim, o Senhor me quer, e por isso me dará também a força. Escutando-O, estando com Ele, chego a ser eu mesmo. Não importa a realização dos meus próprios desejos, mas a sua vontade. Assim, a vida se torna autêntica”.
Encontro com Jesus
Outro dos “tesouros” da sua juventude que o Papa quis compartilhar foi o dom do encontro pessoal com Jesus, uma “pérola preciosa” que, de alguma forma, ele quis transmitir com seus livros sobre Jesus de Nazaré – cujo segundo volume será publicado na próxima Semana Santa.
“Para muitos, é difícil o acesso a Jesus. Muitas das imagens que circulam de Jesus – e que se fazem passar por científicas – diminuem sua grandeza e a singularidade da sua pessoa”, afirma o Papa.
Por isso, “ao longo dos meus anos de estudo e meditação, fui amadurecendo a ideia de transmitir em um livro algo do meu encontro pessoal com Jesus, para ajudar de alguma forma a ver, ouvir e tocar o Senhor, em quem Deus veio ao nosso encontro para dar-se a conhecer”, acrescenta.
“O encontro com o Filho de Deus proporciona um dinamismo novo a toda a existência. Quando começamos a ter uma relação pessoal com Ele, Cristo nos revela nossa identidade e, com sua amizade, a vida cresce e se realiza em plenitude”, afirma o Papa aos jovens.
“Queridos jovens, aprendei a ‘ver’, a ‘encontrar’ Jesus na Eucaristia, na qual Ele está presente e perto até entregar-se como alimento para o nosso caminho; no sacramento da Penitência, no qual o Senhor manifesta sua misericórdia, oferecendo-nos sempre seu perdão. Reconhecei e servi Jesus também nos pobres e doentes, nos irmãos que estão em dificuldade e precisam de ajuda”, conclui.