quinta-feira, 30 de junho de 2011

Deputada católica Myrian Rios (RJ) discursa contra a PEC 23/2007 (uma espécie de PL 122 do Rio)

Lutemos pela vida, não deixemos que isto aconteça ! Cenas fortes

quarta-feira, 29 de junho de 2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

A CASTIDADE: é a atitude transparente.


João Paulo II: “A castidade é a atitude transparente no relacionamento com a pessoa de outro sexo”.

·A castidade é ordem, equilíbrio, domínio, harmonia. Muitos afirmam ser propriedade sua o corpo, mas isto contradiz o que dissemos sobre o corpo como relação.
·A castidade é bonita porque reconhece o senhorio de Jesus Cristo sobre o corpo (I Cor 6,13), faz viver no corpo a liberdade do Espírito com os frutos elencados por São Paulo na Carta aos Gálatas (5,22)

·A Castidade tem significado e concretização diversa de acordo com os estados de vida. Na adolescência e na juventude são postas as bases para o desenvolvimento da pessoa e acontece a formação da coerência e domínio de si que se refletirá de modo benéfico em todas as fases da existência.

·Educar-se para a castidade: não basta a razão! É necessária intuição espiritual que ajude a acolher as exigências decorrentes do fato de que nosso corpo é do Senhor. Isto exige humildade, perseverança, oração.

Um jovem ou uma jovem só se tornam homem e mulher quando capazes de esquecer de si para o bem dos outros e o bem do outro. Antes disso, são psicologicamente ainda crianças ou adolescentes. Aprender a amar não é iniciar-se nas técnicas do ato sexual, mas a sair de si. Sem esta formação é quase impossível nascer uma vocação evangélica. Um jovem casto é capaz de dizer sim ao Senhor!

Autor: Dom Alberto Taveira Bispo de Belém

CASTIDADE: por que?


A castidade é algo em que nós temos que levar como iniciativa na caminhada em Cristo, para assim vivermos sobre a vontade de Deus.

O ser casto significa em fazermos a vontade de Deus, em sermos puros, e seguirmos de maneira correta a vivência da sexualidade. Nós como Cristãos devemos ter esta prática constante nas nossas vidas, porque Deus nos chama a ter um corpo casto, inteiro. Aquele que hoje não vive esta prática não se torna seu imitador, porque o ser casto consiste na renúncia dos próprios desejos desordenados da nossa carne, na beleza de olharmos para o nosso corpo como templo de Deus, lugar onde se expressa o amor puro, então a grande importância de sermos castos.

Realmente e muito difícil vivermos a castidade, porque somos fracos, mais aquele que conhece e tem uma profunda intimidade com a pessoa de Cristo, esse sim consegue compreender, pois quando amamos a Deus nossas vidas pertencem a Ele e nossos desejos também, porque estamos em busca do Céu e de vivermos a vontade Dele e não mais a nossa.

A Igreja ela não condena os homossexuais, seus filhos feridos e necessitados da misericórdia, mais não apóiam a prática da sua vivência sexual, pois é como violentar o próprio Jesus. O nosso corpo tem que ser puro para vivermos da forma certa, e não deixarmos destruir pelos desejos egoístas da nossa carne.
Então desde já, como aqueles que verdadeiramente querem ser imitadores de Cristo acolhamos que a vontade do Pai seja feita inteiramente em nossas vidas, deixemos que hoje a vivência da castidade possa ser concreta, para só assim termos uma vida totalmente santa e casta.
Atora: Amada Pompeu PJJ- Fortaleza 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Liberdade para a Parada Gay e cala boca para os outros?


Vivemos um tempo onde muito se fala sobre liberdade de expressão, política antipreconceito, laicismo, direitos...tudo isso não se passa de uma faça,o que acabamos de ver na parada gay é uso de liberdade? Uso justamente do contrário, de um autoritarismo grosseiro, de um sarcasmo sem igual, um total desrespeito a liberdade!

Um modo de tornar-nos cada vez mais surdos e mudos se nos pronunciamos contra o homossexualismo, por razões claras, contudo respeitosos, somos declarados homofóbicos ser contrário quer dizer não compartilhar da mesma idéia, não somos livres para isso e eles o são???
Vejo hoje que nós católicos é que somos perseguidos por todos os lados e ainda somos colocados como vilões da história enquanto a intenção da Igreja, do Corpo de Cristo, é defender os valores essências da humanidade a intenção dos laícistas, ateus, é sempre denegrir a imagem da Igreja, do Papa, e pior do próprio Cristo.

Vemo-nos obrigados a silenciar diante das afrontas, enquanto "são livres" para se expressar. Colocar imagens religiosas, de santos em sua passeata e por muitos serem aplaudidos. Nós católicos não podemos silenciar diante disso, porém nosso protesto não deve ser como o deles cheio de ódio e maledicências, deve ser um testemunho ainda mais coerente com nossa Fé, se nos dizem para abortar e usar camisinha, sejamos ainda mais castos no ler, no vestir, no falar tenhamos namoros santos enquanto eles nos dizem pra ficar com quem quiser porque o corpo é seu se nos dizem p roubar, tirar proveito, sejamos justos, honestos e muito mais sejamos generosos!

Se nos dizem para comprar, comprar, comprar... Sejamos pobres... Que Deus seja o nosso tudo.Sejamos fiéis a família, ao matrimônio que eles hão de silenciar seus gritos de traição, de divorcio.Sejamos fies a missa, ao Grande Sacrifício Eucarístico e isso será um basta a toda propaganda anti-religiosa nos diz que não precisamos de Deus.

O mundo quer extrair da vida humana Cristo, mas isso é impossível pois Ele é o Alfa e o Omega é o Principio e o Fim, mesmo que o neguem, que não creiam, todos, somos e existimos Nele nascemos do Seu terno amor e no fim estaremos diante de Sua face!
autor anonimo

Parada Gay faz alusão a santos da igreja católica e gera polêmica

O Cardeal Dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, declarou estas palavras lamentando esta atitude de ataque direto a igreja católica..
“Isso ofende profundamente, fere o sentimento religioso do povo. O uso debochado da imagem dos santos é ofensivo e desrespeitoso, que nós desaprovamos. Quando dizem que nem santo salva da AIDS, é verdade. O que salva da AIDS são comportamentos corretos, responsáveis, respeitosos, dignos. Isso salva da AIDS”.

sábado, 25 de junho de 2011

SAI DA TUA CASA E VEM NESTA INESQUECÍVEL AVENTURA!!

SÃO OS DIAS MAIS DOIDOS E MAIS APAIXONANTES DA SUA VIDA, SE SUAS FERIAS TA CHATA, NÃO AQUENTA MAIS O FACEBOOK TIPO "OI", "TA TUDO BEM", VENHA PRO ACAMPS ENTÃO DIAS 11 A 16 DE JULHO! TE ENCONTRO LÁ!! SHALOM!!!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

USE DESTA ARMA PODEROSA

Vale a pena!!

Amor de Deus na sua vida é essencial
abra o coração essa é a real
Deixa de se enganar com coisas que já passaram
a tua vida tem valor
é uma coisa rara
é um presente de Deus especialmente para ti
faça valer a pena e viva para ser feliz
procure encontrar a felicidade verdadeira
não coisas que passam e te deixam de bobeira
olhe para Jesus é ele que é real
te ama te acolhe e te liberta de todo o mal

tua vida tem sentindo sim
tua vida pode mudar
começando no teu hoje
um obra nova em ti Deus fará
viva um dia de cada vez
sem se apressar
entregue tudo nas mãos de Deus
que ele vai te guiar

Não tenha medo de cair
se cair Jesus vai te levantar
a sua misericórdia é infinita
basta se arrepender
o teu pecado ele vai perdoar
Se livre dessa culpa que há no seu coração
resplandeça a imensa alegria de ser um jovem de Deus cristão

Vale a pena é maneiro ser de Deus
é alegre e também é radical uma alegria que não passa
tenha certeza essa que é a real.
autot: Marcos Otávio PJJ-Fortaleza

"O amor não é amado''

O amor não e amado porque hoje não amamos o verdadeiro amor,não contemplamos a verdadeira alegria.
se olharmos para nossa vidas hoje conseguimos entender que por muitas vezes escolhemos as coisas mais fáceis,as coisas que nos levam
sempre ao caminho mais fácil,e por isso ficamos paralisados nas nossas próprias fraquezas,porque não deixamos que a verdadeira felicidade se torne mais forte em nossas vidas.Muitas vezes nos encontramos paralisados nas nossas fraquezas,muitas vezes amamos coisas passageiras,coisas que trazem um vazio
em nossos corações,muitas vezes deixamos de amar o que realmente devemos amarmos.Quantas vezes você escolheu o caminho mais fácil?Quantas vezes você se deixou levar pelas coisas que só traziam alegria naquele momento?E quando tudo passava,só restava dentro de você um vazio...Se amarmos o amor nada disso ira acontecer,porque o amor jamais ira nos abandonar,jamais ira nos decepcionar,porque Ele nos ama da forma que nos queremos,Ele nos ama nos nossos pecados,Ele nos ama nas nossas fraquezas e JAMAIS nos abandona,porque para Ele o que verdadeiramente importa é apenas nos amar!
Então se hoje você deseja experimentar desse amor na sua vida,então eu te convido hoje há uma experiência com esse amor,uma experiência que ira mudar completamente a sua vida,eu convido vocês jovens a uma semana de plena alegria!Venha você experimentar de uma alegria que não passa,não perca tempo!
autora: Amanda Pompeu PJJ de Fortaleza

Autoridades dos EUA: Resolução pró-gay da ONU é "vitória" de Obama

Diversos representantes do governo dos Estados Unidos assinalaram que a resolução pró-gay da ONU, divulgada nesta sexta-feira 17 de junho, constitui uma "vitória" para a política internacional da administração do Presidente Barack Obama.

Diante das informações dos meios seculares que qualificaram de "histórica" e "sem precedentes" a resolução, o texto em realidade só pede a realização de um estudo sobre "as leis discriminatórias e as práticas de violência contra indivíduos por causa da orientação sexual e a identidade de gênero".

O estudo, assinala a resolução, determinará como "as leis sobre direitos humanos internacionais podem ser usadas para pôr fim a esta violência". Um painel debaterá os resultados uma vez que a análise seja concluída.

"Este é realmente um exemplo paradigmático sobre como deve ser usado o sistema da ONU para avançar em uma das prioridades do Presidente Obama", disse Suzanne Nossel, subsecretária de estado para assuntos internacionais ao conhecer a resolução.

Em conferencia de imprensa na sexta-feira 17, o subsecretário para a democracia, direitos humanos e trabalho, Dan Baer, também ressaltou o papel da Secretária de Estado, Hillay Clinton, na decisão tomada pela ONU na sede de Genebra (Suíça).

"Ambos, o Presidente e a Secretária de Estado têm feito dos direitos humanos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) uma prioridade", disse.

Para Nossel esta resolução inicia um processo "irreversível" para uma declaração oficial internacional, como a dos direitos humanos.

As diversas propostas na ONU para colocar a "orientação sexual" e a "identidade de gênero" ao mesmo nível que a raça, a religião ou o sexo das pessoas, encontraram oposição por parte dos países muçulmanos, da Rússia, da Moldávia, assim como do Vaticano. Em total 23 países votaram a favor da resolução e 19 contra.

Embora a missão permanente da Santa Sé em Genebra não tenha emitido um pronunciamento oficial ainda, o Vaticano chamou constantemente a uma aproximação de respeito para com os direitos humanos de todas as pessoas, sem uma falsa equiparação entre a conduta heterossexual e homossexual.

Por exemplo, em 2008 a Santa Sé precisou que sempre se opôs, se opõe e se oporá "à discriminação injusta para as pessoas homossexuais", ao mesmo tempo em que objetou as categorias de "orientação sexual" e "identidade de gênero" promovidas pela ideologia de gênero para impor uma perspectiva da sexualidade oposta à natureza humana.

Estas duas categorias podem "criar inexatidões na lei" em relação a importantes temas como o matrimônio, a adoção e os direitos das organizações religiosas.

Em março de 2011, o Observador permanente da Santa Sé perante o Conselho de Direitos humanos, Arcebispo Silvano Tomasi, explicou que o conceito de "orientação sexual" é manipulado por alguns para atacar aqueles que não compartilham a ideologia de gênero.

Um estado, afirmou, "jamais deve castigar uma pessoa por exercer um direito humano, apoiando-se nos sentimentos e pensamentos, incluindo os sexuais. Mas os estados devem e têm que regular condutas, incluindo algumas condutas sexuais. Em todo mundo, existe um consenso de certas condutas sexuais que devem ser proibidas pela lei como a pedofilia e o incesto".

A ideologia de gênero, explicou o jornal vaticano L’Osservatore Romano em sua edição de hoje, nasceu nos Estados Unidos há 30 anos, desenvolveu-se logo na Europa seguindo "linhas particulares do primeiro feminismo e logo do pensamento homossexual".

Esta ideologia, segundo o LOR, "pretende afirmar que no mundo moderno a diferença entre homem e mulher é um fato social (uma ‘construção’) antes que algo biológico. Dessa forma a orientação sexual –e com isso a identidade de gênero e o papel do gênero– contaria mais que o sexo biológico".

O ensino católico em relação à homossexualidade está resumida em três artigos do Catecismo da Igreja Católica; 2357, 2358 e 2359. Nestes artigos a Igreja ensina que os homossexuais "devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta".

A homossexualidade, como tendência é "objetivamente desordenada", o que "constitui para a maioria deles (os homossexuais) uma autêntica prova".

Apoiado na Sagrada Escritura "a Tradição declarou sempre que os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados", "não procedem de uma verdadeira complementaridade afetiva e sexual" e portanto "não podem receber aprovação em nenhum caso".

"As pessoas homossexuais estão chamadas à castidade" e "mediante o apoio de uma amizade desinteressada, da oração e a graça sacramental, podem e devem aproximar-se gradual e resolutamente à perfeição cristã".
fonte:http://www.acidigital.com/noticia.php?id=22041

terça-feira, 21 de junho de 2011

Mãos de fogo do Espírito Santo

O que é um servo de seminário?
Antes de tudo, quero perguntar-lhe: em qual momento da sua vida tudo mudou? Onde uma graça diferente veio sobre ti e o amor de Deus tornou-se algo concreto em sua vida? No seminário de vida no Espírito Santo é a resposta de muitos, momento onde essas pessoas tiveram forte experiência com o amor de Deus.
Imagine só se se não existissem os seminários de vida no Espírito Santo? Como se daria o novo pentecostes na igreja? Hoje, dizem que os seminários não têm mais a mesma força de antigamente, que têm de mudar, pois os tempos são outros. Sim, constato tristemente que os seminários não estão proporcionando uma boa experiência, mas me pergunto se as causas são externas, ou se o Espírito Santo está dormindo, e, até mesmo, veio e já foi embora!
Em tudo isto, vejo que a possível causa seja o fato de que o Espírito Santo já não encontre mais corações que abracem e se abram a ser seus instrumentos para que manifeste seu poder e toque os corações dos homens deste mundo atual.
Foi para melhor servir nos seminários, que o ministério de servos foi criado. O ministério reúne pessoas que se dedicam plenamente em oração e em vida a servirem e serem canais do Espírito Santo nos seminários.
Creio, hoje, que a questão chave dos seminários é encontrar servos que se complementam que se preparam e que, por serem apaixonados por Jesus, são desejosos de fazer o anúncio do Seu reino. Encontrar servos evangelizadores, que fazem da sua vida local de manifestação do Espírito Santo e que, com a autoridade de Deus, transbordam a sua graça com parresia e destemor.
Um exército bem preparado dificilmente perde uma batalha, ainda mais quando a graça de Deus é quem tudo faz, e quando a nós somente cabe o desejo, a abertura, a evangelização, a súplica e a conversão.
Para melhor esclarecer o que é um servo de seminário, vou citar alguns pontos importantes, tais como:
1- Servo de seminário é uma pessoa que possui uma forte experiência com o amor de Deus e a cultiva todos os dias. Sem este cultivo diário, onde somos amados e nos sentimos únicos, dificilmente transbordaremos e deixaremos que as pessoas toquem esse amor encarnado.
2- Servo de seminário tem um forte e concreto desejo de, por gratidão, levar a todos os homens a experiência com o amor de Deus. Tem de ter o carisma de evangelizar, pulsar em suas veias o desejo de anunciar o Ressuscitado que passou pela cruz. Sentir a dor da humanidade e com o Espírito Santo levar o remédio que é CRISTO.
3- Servo de seminário tem de ser uma pessoa de profunda oração! Sem manter a fonte da graça jorrando, não há como ela sobreviver. De forma particular, o servo deve também ter uma relação íntima com a pessoa do Espírito Santo, para, assim, viver e usar com plenitude os carismas do Espírito.
4- Servo de seminário deve ter o coração do bom pastor, deve acolher e cuidar daquela pessoa que Deus o confia no seu início de caminhada. Deve amar ao ponto de dar a vida pela ovelha, ter carisma de pastoreio, vivendo o espírito de sacrifício.
5- Servo de seminário busca a santidade com muita alegria, testemunhando com radicalidade evangélica a vitória do homem espiritual sobre o homem carnal, sendo, assim, testemunha para os mais fracos.
6- Servo de seminário deve ser uma pessoa de maturidade humana, profundamente reconciliada e curada com a sua história, pois irá receber inúmeras pessoas carentes do amor de Deus e marcadas pelo mundo, e, com o carisma de cura, deverá pelo poder do Ressuscitado curar o homem de hoje.
Estes são alguns pontos importantes que todo servo de seminário deve ter. Muitos outros poderíamos abarcar como a alegria, a humildade, o despojamento, a unidade, a obediência e a fé!
Este texto ajudará a você melhor compreender a sua missão dentro do ministério de servos, em oração veja cada ponto e clame a graça do Espírito Santo, sabendo que tudo em nós deve mover para a evangelização, pois, nascemos para evangelizar!
Fernando Parresia

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Porque um católico não pode ser maçom?

Ao longo de sua história a Igreja Católica condenou e desaconselhou seus fiéis à pertença a associações que se declaravam atéias e contra a religião, ou que poderiam colocar em perigo a fé. Entre essas associações encontra-se a maçonaria. Atualmente, a legislação se rege pelo Código de Direito Canônico promulgado pelo Papa João Paulo II em 25 de janeiro de 1983, que em seu cânon 1374, afirma: "Quem ingressa em uma associação que maquina contra a Igreja deve ser castigado com uma pena justa; quem promove ou dirige essa associação deve ser castigado com entredito".

Esta nova redação, entretanto, apresenta duas novidades em relação ao Código de 1917: a pena não é automática e não é mencionado expressamente a maçonaria como associação que conspire contra a Igreja. Prevendo possíveis confusões, um dia antes de entrar em vigor a nova lei eclesiástica no ano de 1983, foi publicada uma declaração assinada pelo Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Nela se apresenta que o critério da Igreja não sofreu variação em relação às anteriores declarações, e a nominação expressa da maçonaria foi omitida para assim incluir outras associações. É indicado, juntamente, que os princípios da maçonaria seguem sendo incompatíveis com a doutrina da Igreja, e que os fiéis que pertençam a associações maçônicas não podem ter aceder à Sagrada Comunhão.

Neste sentido, a Igreja condenou sempre a maçonaria. No século XVIII, os Papas o fizeram com muito mais força, e no XIX persistira nisto. No Código de Direito Canônico de 1917 eram excomungados os católicos que fizessem parte da maçonaria, e no de 1983 o cânon da excomunhão desaparece, junto com a menção explícita da maçonaria, o que pôde criar em alguns a falsa opinião de que a Igreja por pouco aprovaria a maçonaria.

É dificil encontrar um tema - explica Federico R. Aznar Gil, em seu ensaio La pertenencia de los católicos a las agrupaciones masónicas según la legislación canónica actual (1995) - sobre o qual as autoridades da Igreja Católica tenham se pronunciado tão reiteradamente com no caso da maçonaria: desde 1738 a 1980 conservam-se não menos de 371 documentos, aos quais deve-se acrescentar abundantes intervenções dos dicastérios da Cúria romana e, a partir sobretudo do Concílio Vaticano II, as não menos numerosas declarações das Conferencias Episcopais e dos bispos de todo o mundo. Tudo isto está indicando que nos encontramos frente a uma questão vivamente debatida, fortemente sentida e cuja discussão não pode se considerar fechadas.

Quase desde a sua aparição, a maçonaria gerou preocupações na Igreja. Clemente XII, "In eminenti", havia condenado a maçonaria. Mais tarde, Leão XIII, em sua encíclica "Humanum genus", de 20 de abril de 1884, a qualificava de organização secreta, inimigo astuto e calculista, negadora dos princípios fundamentais da doutrina da Igreja. No cânon 2335 do Código de Direito Canônico de 1917 estabelecia-se que "aqueles que dão seu nome à seita maçônica, ou a outras associações do mesmo gênero, que maquinam contra a Igreja ou contra as potestades civis legítimas, incorrem ipso facto em excomunhão simplesmente reservada à Sede Apostólica".

O delito - segundo Federico R. Aznar Gil - consistia em primeiro lugar em dar o nome ou inscrever-se em determinadas associações. (...) Em segundo lugar, a inscrição devia se realizar em alguma associação que maquinasse contra a Igreja: se entendia por maquinar "aquela sociedade que, em seu próprio fim, exerce uma atividade rebelde e subversiva ou as favorecesse, quer pela própria ação dos membros, quer pela propagação da doutrina subversiva; que de forma oral ou por escrito, atua para destruir a Igreja, isto é, sua doutrina, autoridades em quanto tais, direitos, ou a legítima potestade civil". (...) Em terceiro lugar, as sociedades penalizadas eram a maçonaria e outras do mesmo gênero, com o qual o Código de Direito Canônico estabelecia uma clara distinção: enquanto o ingresso na maçonaria era castigado automaticamente com a pena de excomunhão, a pertença a outras associações tinha que ser explicitamente declarada como delitiva pela autoridade eclesiática em cada caso. Os motivos que argumentava a Igreja católica para sua condenação à maçonaria eram fundamentalmente: o caráter secreto da organização, o juramento que garantia esse caráter oculto de suas atividades e os pertubadores complôs que a maçonaria empreendia contra a Igreja e os legítimos poderes civis. A pena estabelecia diretamente a excomunhão, estabelecendo-se também uma pena especial para os clérigos e os religiosos no cânon 2336.

Também recordavam as condições estabelecidas para proceder à absolvição desta excomunhão, que consistiam no afastamento e a separação da maçonaria, reparação do escândalo do melhor modo possível, e cumprimento da penitência imposta. As conseqüências da excomunhão incluiam, por exemplo, a privação de sepultura eclesiática e de qualquer missa exequial, de ser padrinho de batismo, de confirmação, de não ser admitidos no noviciado, e o conselho - no caso das mulheres - de não contrair matrimônio com maçons, assim como a proibição ao pároco de assistir núpcias sem consultar o Ordinário.

A partir da celebração do Concílio Vaticano II, um incipiente diálogo entre maçons e católicos fez com que a situação começasse a mudar. Alguns Episcopados (França, Países Escandinavos, Inglaterra, Brasil ou Estados Unidos) começaram a revisar a atitude frente a maçonaria; por um lado revendo na história os motivos que levaram a Igreja a adotar essa atitude condenadora, tais como sua moral racionalista maçônica, o sincretismo, as medidas anticlericais promovidas e defendidas pelos maçons; e por outro lado, foi questionado que se pudesse entender a maçonaria como um bloco único, sem levar em conta a cisão entre a maçonaria regular, ortodoxa e tradicional, religiosa e aparentemente apolítica, e a segunda, a irregular, irreligiosa, política, heterodoxa.

Estes motivos e as mais ou menos constantes petições chegadas de várias partes do mundo a Roma, diálogos e debates, fizeram com que, entre 1974 e 1983, a Congregação para a Doutrina da Fé retomasse os estudos sobre a maçonaria e publicasse três documentos que supuseram uma nova interpretação do cânon 2335. Neste ambiente de mudanças, não é de se estranhar que o cardeal J. Krol, arcebispo de Filadélfia, perguntasse à Congregação para a Doutrina da Fé se a excomunhão para os católicos que se afiliavam à maçonaria seguia estando em vigor. A resposta a sua pergunta foi dada por seu Prefeito, em uma carta de 19 de julho de 1974. Nela é explicado que, durante um amplo exame da situação, tinha-se dado uma grande divergência nas opiniões, segundo os países. A Sede Apostólica acreditava oporutno, conseqüentemente, elaborar uma modificação da legislação vigente até que se promulgasse o novo Código de Direito Canônico. Advertia-se, entretanto, na carta, que existiam casos particulares, mas que continuava a mesma pena para aqueles católicos que dessem seu nome a associações que realmente maquinassem contra a Igreja. Enquanto que para os clérigos, religiosos e membros de institutos seculares a proibição seguia sendo expressa para a sua afiliação em qualquer associação maçônica. A novidade nesta carta residia na admissão, por parte da Igreja católica, de que poderiam existir associações maçônicas que não conspirassem em nenhum sentido contra a Igreja nem contra a fé de seus membros.

As dúvidas não tardaram em surgir: qual era o critério para verificar se uma associação maçônica conspirava ou não contra a Igreja?; e que sentido e extensão devia se dar a expressão conspirar contra a Igreja?

O clima generalizado de aproximação entre as teses de alguns católicos e maçons foi quebrado pela declaração de 28 de abril de 1980 Conferência Episcopal Alemã sobre a pertença dos católicos à maçonaria. Como aponta Federico R. Aznar Gil, a declaração explicava que, durante os anos de 1974 e 1980, foram se mantendo numerosos colóquios oficiais entre católicos e maçons; que por parte católica tinham sido examinados os rituais maçônicos dos três primeiros graus; e que os bispos católicos tinham chegado à conclusão de que havia oposições fundamentais e insuperáveis entre ambas as partes: "A maçonaria - diziam os bispos alemães - não mudou em sua essência. A pertença à mesmas questiona os fundamentos da existência cristã. (…) As principais razões alegadas para isso foram as seguintes: a cosmologia ou visão de mundo dos maçons não é unitária, mas relativa, subjetiva, e não pode se armonizar com a fé cristã; o conceito de verdade é, também, relativista, negando a possibilidade de um conhecimento objetivo da verdade, o que não é compatível com o conceito católico;

Também o conceito de religião é relativista (…) e não coincide com a convicção fundamental do cristão, o conceito de Deus simbolizado através do "Grande Arquiteto do Universo" é de tipo deístico e não há nenhum conhecimento objetivo de Deus no sentido do conceito pessoal de Deus do teísmo, e está impregnado de relativismo, o qual mina os fundamentos da concepção de Deus dos católicos (…).

Em 17 de fevereiro de 1981, a Congregação para a Doutrina da Fé publicava uma declaração que afirmava de novo a ex-comunhão para os caltólicos que dessem seu nome à seita maçônica e a outras associações do mesmo gênero, com o qual a atitude da Igreja permanece invariável, e invariável permanece ainda em nossos dias.
fonte:http://www.acidigital.com/controversia/catolicomacom.htm

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A ideologia que está atrás do controle populacional e dos grupos anti-vida PARTE 2

O que propõe a Igreja frente a esta ideologia?

Continua proclamando que embora o homem seja pequeno, fraco e débil tem o mesmo valor intrínseco. A sociedade atual não faz isso, é uma sociedade de violência, de exclusão. Para os ideólogos do marxismo como para os do liberalismo a atitude cristã é inadmissível porque os que fazemos a opção de Jesus, fazemos ao mesmo tempo a opção pelos pobres, porque Jesus fez esta revolução ao reconhecer aos que não valiam nada na sociedade.

A crise que estamos vivendo é realmente uma crise de valores, é a crise da Verdade. Nos ambientes da ONU ou na problemática atual em matéria de democracia se diz: não é necessário querer descobrir a verdade, não somos capazes de descobri-la porque cada um tem a sua; e ocorre que as necessidades da prática nos fazem tomar decisões práticas e então terminamos fazendo o que recomenda John Rose, político norte-americano: discutimos caso por caso sem nos referir a princípios relativos à verdade (que é inacessível) e então tomamos uma decisão. É o que se chama a ética processual, que não considera o que é bom, justo, mau. Será justa a decisão que vamos tomar só porque vamos tomá-la.

Mas com este relativismo integral o respeito devido a todo ser humano desaparece, é condicionado, porque depende de uma decisão consensual sempre ré-negociável. Assim, terminamos em uma sociedade de violência onde prevalece a vontade do mais forte.

Como se vincula a este problema o tema da globalização?

Quando se fala de "globalização" se esta tocando dois temas: o da "mundialização" e o da "globalização".

Quando alguém fala de "mundialização" se insinua que estamos caminhando para um governo mundial, para uma sociedade sonhada por alguns autores ou políticos famosos -poderia mencionar a dois deles como Willy Brandt, chanceler da Alemanha, e Jan Timberland, um holandês que ganhou o Nobel de Economia-. Eles desenvolvem esta idéia da mundialização em que a época das nações soberanas já passou. Convém que pouco a pouco a ONU se torne um governo mundial e as agências da ONU nos ministérios deste governo. Nesta mundialização vejo uma nova tentativa de instaurar a famosa "Internacional" sonhada pelos marxistas do século passado.

A globalização é algo similar, mas em uma perspectiva de ideologia liberal. O mundo é visto como um imenso mercado que devemos integrar. O problema se dá quando através do controle das coisas, das matérias primas, das indústrias, etc., chega-se ao controle dos homens.

No núcleo da ideologia moderna -tanto da de inspiração marxista como da neoliberal- o homem é interpretado de uma perspectiva monística, panteística e neste caso a única ética que se impõe ao homem é fatalista: se somos uma partícula no meio devemos admitir esta situação e se esta o exigir, vamos sacrificar homens à sobrevivência do meio ambiente. É a temática já desenvolvida no Rio do Janeiro em 1992 na reunião "Cúpula da Terra". Mas é uma ideologia que segue desenvolvendo-se e que submete o homem ao meio ambiente. A ética aparece como uma submissão à mãe Gaia, a terra. Com este tipo de determinismo ético o homem deve admitir sua situação de mortalidade total e integral. Não há outra perspectiva da vida tal como a conhecemos na terra. Estamos presos neste mundo que nos oprime e devemos aceitar o que dizem e pensam os que supostamente entendem este meio ambiente. Por isso há pessoas como Jack Cousteau, que era um farsante de primeira, que junto com vários ideólogos deste tipo recomendavam a eliminação de 3 ou 4 milhões de habitantes da terra justamente para que não haja contaminação porque o homem é o maior contaminador.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A ideologia que está atrás do controle populacional e dos grupos anti-vida parte 1

O Professor Michel Schooyans é sem dúvida o mais importante estudioso da ideologia que está por trás do controle populacional e os grupos favoráveis ao aborto. Esta é uma síntese de uma longa conversa que ACI PRENSA teve com o sacerdote e intelectual belga.

Por que a Santa Sé se opõe a alguns supostos "direitos" que promove a ONU?

A ONU há 30 ou 40 anos através de algumas de suas agências especializadas como o UNFPA, a OMS ou o CNUD (Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento) lançou um programa internacional de controle da natalidade, nitidamente maltusiano. Isto significa que a ONU quer propor o controle da natalidade como um meio, uma condição prévia para o desenvolvimento dos povos.

Esta postura merece algumas considerações. O primeiro em que há que enfatizar que cientificamente nunca foi demonstrado que exista uma relação entre a densidade da população de um país e o desenvolvimento. Há países pouco povoados que são desenvolvidos, como a Austrália, e outros pouco povoados que são subdesenvolvidos; como é o caso dos países da África Central. Inversamente há países muito povoados que são desenvolvidos, como a Holanda que tem mais de 400 pessoas por quilômetro quadrado, e há países muito povoados subdesenvolvidos como o Paquistão. Ou seja, que não há relação entre as duas coisas, depende de cada caso.

Entretanto, a ONU se comporta como se houvesse uma relação determinante entre as duas coisas e diz aos países: "controlem sua população e irão se desenvolver". Mas os países pobres que precisam de remédios, escolas, saneamento básico, hospitais etc. Recursos que realmente favoreçam seu desenvolvimento e não um controle da população. A Igreja não pode e não quer promover uma política de desenvolvimento apoiada em uma mentira científica; em uma hipótese que nunca foi demonstrada...

Poderíamos dizer que é uma ideologia?

Sim, certamente é a ideologia maltusiana, e é muito importante destacar sua persistência. É uma ideologia discriminatória, eugenista, segregacionista. Poderíamos expressar o centro de sua temática dizendo: "nós os ricos do hemisfério norte precisamos controlar o crescimento da população dos países do sul porque temos medo desta população".

A Santa Sé é muito consciente de que mesmo antes da queda do muro do Berlim houve uma re-interpretação da famosa guerra fria: já não era a guerra Leste vs. Oeste, mas sim a guerra Norte vs. Sul, opondo os países ricos aos países pobres. Evidentemente a Igreja não pode aceitar esta oposição nem este diagnóstico tipicamente maltusiano. Ela procura uma autêntica solidariedade internacional apoiada na cooperação internacional, em uma distribuição mais eqüitativa dos recursos, na possibilidade concreta de que os países pobres possam acessar o saber e as técnicas das quais depende seu desenvolvimento. Mas a ideologia maltusiana é muito útil aos países ricos porque apresenta as coisas como demonstradas quando pelo contrário todas as profecias do Malthus foram desmentidas; essa hipótese de que a população cresce mais rapidamente que os recursos alimentícios é uma farsa científica.

Mas há outro motivo pelo que a Igreja não pode admitir as posturas da ONU. Resulta óbvio que é pouco simpático e pouco plausível dizer: "os ricos devem conter o crescimento das populações pobres", e portanto, se busca utilizar uma linguagem nova, mentirosa, ideológica: "a linguagem dos direitos humanos": "vocês os pobres têm direito à contracepção, ao aborto. Estes são os novos direitos humanos. Nós -os ricos- queremos ajudá-los a exercer esse direito novo e vamos ajudá-los a desenvolverem-se enviando métodos anticoncepcionais, dispositivos intra-uterinos e aparelhos para realizar abortos com máquinas especializadas..." A Igreja não pode admitir este tipo de política.

Queria mencionar aqui uma coisa que muitas vezes não está sendo muito bem explicada ao público: além das considerações de ética privada, pessoal, a Igreja se opõe a estas campanhas por motivos de ética social.

França rejeita o "matrimônio" gay

A Assembléia Nacional francesa rechaçou esta terça-feira 14 de junho uma proposta de lei exposta pela Partido Socialista para aprovar o "matrimônio" homossexual, depois que o de centro-direita fez valer sua maioria na câmara.

A iniciativa obteve 222 votos a favor e 293 em contra, o que confirmou um resultado antecipado da semana passada, quando foi apresentada a proposta. Não obstante, vários deputados do partido governante União por um Movimento Popular (UMP) votaram a favor.

O representante do Partido Socialista encarregado de defender o texto, Patrick Bloche, defendeu a lei porque se trata de "derrubar uma discriminação". Neste sentido, pediu à direita que se unisse à proposta e levasse a França a "uma nova etapa na igualdade de direitos".

Uma das vozes contrárias ao documento, o deputado da UMP Michel Diefenbacher, esclareceu que a formação está "contra a homofobia", mas que não por isso querem mudar "a imagem e a função do matrimônio", que definiu como "uma instituição" encarregada "do amparo do mais fraco, começando pela mulher".

Mais crítico se mostrou o deputado Christian Vanneste, conhecido por suas declarações críticas à comunidade gay e que qualificou de "aberração antropológica" o matrimônio homossexual, porque o objetivo destas uniões é que "a sociedade deva assegurar sua continuidade". Tudo o que não seja condizente com este objetivo, acrescentou, é "uma questão de moda".

A líder do ultradireitista Frente Nacional, Marine Le Pen, uma das firmes opositoras ao "matrimônio" gay, chegou a compará-lo com a poligamia, conforme informa o periódico Libération.
fonte:http://www.acidigital.com/noticia.php?id=21981

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Frases de Santo Antônio


"Deus é Pai de todas as coisas. Suas criaturas são irmãos e irmãs."

"É viva a Palavra quando são as obras que falam."

"Quando te sorriem prosperidade mundana e prazeres, não te deixes encantar; não te apegues a eles; brandamente entram em nós, mas quando os temos dentro de nós, nos mordem como serpentes."

"Uma água turva e agitada não espelha a face de quem sobre ela se debruça. Se queres que a face de Cristo, que te protege, se espelhe em ti, sai do tumulto das coisas exteriores, seja tranqüila a tua alma."

"A paciência é o baluarte da alma, ela a fortifica e defende de toda perturbação."

"Ó meu Senhor Jesus, eu estou pronto a seguir-te mesmo no cárcere, mesmo até a morte, a imolar a minha vida por teu amor, porque sacrificaste a tua vida por nós."

"Como os raios se desprendem das nuvens, assim também dos santos pregadores emanam obras maravilhosas. Disparam os raios, enquanto cintilam os milagres dos pregadores; retornam os raios, quando os pregadores não atribuem a si mesmos as grandes obras que fazem, mas à graça de Deus."

"Ó Senhor, dá-me viver e morrer no pequeno ninho da pobreza e na fé dos teus Apóstolos e da tua Santa Igreja Católica."

"Neste lugar tenebroso, os santos brilham como as estrelas do firmamento. E como os calçados nos defendem os pés, assim os exemplos dos santos defendem as nossas almas tornando-nos capazes de esmagar as sugestões do demônio e as seduções do mundo."

"Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que estiver na medida de suas forças; certamente não ficará sem recompensa"

Milagres da vida de Santo Antônio



Santo Antônio é sem dúvida o "Santo dos Milagres". A sua taumaturgia – relação de milagres - iniciada em vida com uma pluralidade de milagres que lhe valeram a canonização em menos de um ano, é, na história da Igreja, a mais vasta e variada.

De Santo "casadoiro" a "restituidor do desaparecido", passando por "livrador" das tentações demoníacas, a Santo Antônio tudo se pede. Citaremos abaixo alguns dos milagres operados por esse santo.
Santo Antonio prega aos peixes. Reza a lenda que estando a pregar aos hereges em Rimini, estes não o quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo Antônio vai até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e chama os peixes a escutá-lo, já que os homens não o querem ouvir. Dá-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges ficaram tão impressionados que logo se converteram. Este milagre encontra-se citado por diversos autores, tendo sido mesmo objeto de um sermão do Padre Antônio Vieira que é considerado uma das obras-primas da literatura portuguesa.
Santo Antônio livra o pai da forca. Tinha havido um crime de morte em Portugal, onde nascera Santo Antônio. Todas as suspeitas do crime recaíam sobre o pai do santo.
Chegou o dia do julgamento. Os juízes estavam reunidos para proferir a sentença condenatória. Assentado ali no banco dos réus, seu pai não podia se defender.
Nesse momento Santo Antônio estava fazendo um sermão numa igreja da Itália. Conta-se que, em dado instante, ele interrompeu o sermão e ficou imóvel, como se estivesse dormindo em pé. Durante esse mesmo tempo foi visto na sala do júri, em Portugal, conversando com os juizes. Entre outras coisas, disse-Ihes o santo: Por que tanta precipitação? Posso provar a inocência do meu pai. Venham comigo até o cemitério.
Aceitaram o convite. Frei Antônio mandou abrir a cova do homem assassinado e perguntou ao defunto: "Meu irmão, diga perante todos, se foi meu pai quem matou você".
Para espanto dos juízes e de todos que ali estavam, o defunto abriu a boca e disse devagar, como se estivesse medindo as palavras:
"Não foi Martinho de Bulhões quem me matou". E tornou a calar-se. Estava provada de maneira milagrosa a inocência do seu pai. Mais uma vez a verdade triunfou sobre a mentira e a calúnia.
Operou-se aí dois fatos milagrosos, a bilocação, ou ato de uma pessoa estar (por milagre) em dois locais ao mesmo tempo, e o poder de reanimar os mortos.
Com o Menino Jesus nos braços: Outro milagre, também reportado na crônica do Santo, ocorre já no fim da sua vida e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo Antônio após sua morte. Estando o Santo em casa do conde Tiso, em Camposampiero, recolhido num quarto em oração, o conde, curioso, espreita pelas frinchas de uma porta a atitude de Frei Antônio; depara-se então uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo Antônio. O menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce contemplação. Sentindo-se observado, faz conde Tiso jurar que só contaria o visto após a sua morte.

Biografia de Santo Antônio de Pádua

1195: Nasce em Lisboa, filho de Maria e Martinho de Bulhões. É batizado com o nome de Fernando. Reside na frente da Catedral.

1202: Com sete anos de idade, começa a freqüentar a escola, um privilégio raro na época.

1209: Ingressa no Mosteiro de S. Vicente, dos Cônegos Regulares de S. Agostinho, perto de Lisboa. Torna-se agostiniano.


1211: Transfere-se para Coimbra, importante centro cultural, onde se dedica de corpo e alma ao estudo e à oração, pelo espaço de dez anos.
1219: É ordenado sacerdote. Pouco depois conhece os primeiros franciscano, vindos de Assis, que ele recebe na portaria do mosteiro. Fica impressionado com o modo simples e alegre de viver daqueles frades.

1220: Chegam a Coimbra os corpos de cinco mártires franciscanos. Fernando decide fazer-se franciscano como eles. É recebido na Ordem com o nome de Frei Antônio, enviado para as missões entre os sarracenos de Marrocos, conforme deseja.

1221: Chegando a Marrocos, adoece gravemente, sendo obrigado a voltar para sua terra natal. Mas uma tempestade desvia a embarcação arrastando-a para o sul da Itália. Desembarca em Sicília. Em maio do mesmo ano participa, em Assis, do capítulo das Esteiras, uma famosa reunião de cinco mil frades. Aí conhece o fundador da Ordem, São Francisco de Assis. Terminado o Capítulo, retira-se para o eremitério de Monte Paolo, junto dos Apeninos, onde passa 15 meses na solidão contemplativa e no trabalho braçal. Ninguém suspeita da sabedoria que aquele jovem frade português esconde.

1222: Chamado de improviso a falar numa celebração de ordenação, Frei Antônio revela uma sabedoria e eloqüência extraordinárias, que deixam a todos estupefatos. Começa sua epopéia de pregador itinerante.

1224: Em brevíssima Carta a Frei Antônio, São Francisco o encarrega da formação teológica dos irmãos. Chama-o cortesmente de " Frei Antônio, meu bispo".

1225: Depois de percorrer a região norte da Itália, passa a pregar no sul da França, com notáveis frutos. Mas tem duras disputas com os hereges da região.

1226: É eleito " custódio" na França e, um ano depois, " provincial" dos frades no norte da Itália.

1228: Participa, em Assis, do Capítulo Geral da Ordem, que o envia a Roma para tratar com o Papa de algumas questões pendentes. Prega diante do Papa e dos Cardeais. Admirado de seu conhecimento das Escrituras, Gregório IX o apelida de "Arca do Testamento".

1229: Frei Antônio começa a redigir os "Sermões", que hoje possuímos impressos em dois grandes volumes.

1231: Prega em Pádua a famosa quaresma, considerada como o momento de refundação cristã da cidade. Multidões acorrem de todos os lados. Há conversões e prodígios. Êxito total! Mas Frei Antônio está exausto e sente que seus dias estão no fim. Na tarde de 13 de junho, mês em que os lírios florescem, Frei Antônio de Lisboa morre às portas da cidade de Pádua. Suas últimas palavras são: " Estou vendo o meu Senhor ". As crianças são as primeiras a saírem pelas ruas anunciando: "Morreu o Santo".

1232: Não tinha bem passado um ano desde sua morte, quando Gregório IX o inscreveu no catálogo dos santos.

1946: Pio XIII declara Santo Antônio Doutor da Igreja, com o título de "Doutor Evangélico".

A Igreja supera qualquer barreira porque é universal e Santa

Ao presidir este domingo na Basílica de São Pedro a Missa pela Solenidade de Pentecostes, o Papa Bento XVI assinalou que a Igreja Católica, animada pelo Espírito Santo, sempre é Santa e universal, e por isso supera toda barreira e distinção humana convertendo-se em expressão permanente de unidade e autêntica alegria.

Em sua homilia o Santo Padre assinalou que esta festa é grande de maneira particular na Igreja porque marca depois de 50 dias "o cumprimento do evento da Páscoa, da morte e ressurreição do Senhor Jesus, através do dom do Espírito do Ressuscitado".

Em seguida, o Papa se referiu ao salmo 103 da Missa de hoje, um louvor à criação e disse que com esta passagem "aquilo que deseja dizer-vos a Igreja é isto: o Espírito Criador de todas as coisas e o Espírito Santo que Cristo fez descer do Pai sobre a comunidade dos discípulos são um e o mesmo: criação e redenção se pertencem reciprocamente e constituem, em profundidade, um único mistério de amor e de salvação".

"O Espírito Santo é, antes de tudo, o Espírito Criador e, portanto, Pentecostes é a festa da criação. Para nós, cristãos, o mundo é fruto de um ato de amor de Deus, que fez todas as coisas e das quais Ele se alegra porque é "coisa boa", "coisa muito boa", como recorda-nos a narração da criação”.

“A fé no Espírito Criador e a fé no Espírito que o Cristo Ressuscitado dá aos Apóstolos e dá a cada um de nós estão, portanto, inseparavelmente unidas".

Depois de explicar que é o Espírito Santo quem permite reconhecer a Cristo como Senhor, o Papa explicou que "a expressão "Jesus é o Senhor" pode-se ler nos dois sentidos. Significa: Jesus é Deus, e contemporaneamente: Deus é Jesus. O Espírito Santo ilumina esta reciprocidade: Jesus tem dignidade divina, e Deus tem o rosto humano de Jesus. Deus se mostra em Jesus e, com isso, dá-nos a verdade sobre nós mesmos".

"Deixar-nos iluminar no profundo por essa palavra é o evento de Pentecostes. Recitando o Credo, nós entramos no mistério do primeiro Pentecostes: da desordem de Babel, daquelas vozes que se chocam uma contra a outra, acontece uma radical transformação: a multiplicidade se faz multiforme unidade, do poder unificador da Verdade cresce a compreensão", afirmou.

O Papa disse logo que "o Senhor sopra na nossa alma um novo sopro de vida, o Espírito Santo, a sua mais íntima essência, e, desse modo, acolhe-nos na família de Deus. Com o Batismo e a Crisma, nos é dado este dom de modo específico, e com os sacramentos da Eucaristia e da Penitência, isso se repete continuamente: o Senhor sopra na nossa alma um sopro de vida. Todos os Sacramentos, cada um de maneira própria, comunicam ao homem a vida divina, graças ao Espírito Santo que opera neles".

"Na liturgia de hoje, colhemos ainda uma ulterior conexão. O Espírito Santo é Criador, é ao mesmo tempo Espírito de Jesus Cristo, ainda que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam um só e único Deus".

Com essa afirmação, prosseguiu Bento XVI, pode-se dizer também que "o Espírito Santo anima a Igreja. Ela não deriva da vontade humana, da reflexão, da habilidade do homem e da sua capacidade organizativa, posto que se assim fosse já há tempos estaria extinta, assim como passa cada coisa humana. Ela é, ao contrário, o Corpo de Cristo, animado pelo Espírito Santo".

As imagens que usa São Lucas do vento e o fogo para referir-se ao Espírito Santo sobre os apóstolos, recordam o Pacto do Monte Sinai: "Assim, o evento de Pentecostes é representado como um novo Sinai, como o dom de um novo Pacto em que a aliança com Israel é estendida a todos os povos da Terra, em que caem todos os obstáculos da velha Lei e aparece o seu coração mais santo e imutável, isto é, o amor que exatamente o Espírito Santo comunica e difunde, o amor que abraça todas as coisas".

"Ao mesmo tempo, a Lei dilata-se, abre-se, também se tornando mais simples: é o Novo Pacto, que o espírito "escreve" nos corações de quanto creem em Cristo. A extensão do Pacto a todos os povos da Terra é representada por São Lucas através de um elenco de populações consideráveis por aquela época", explicou Bento XVI.

Seguidamente o Papa afirmou que “com isso, nos é dita uma coisa muito importante: que a Igreja é católica desde o primeiro momento, que a sua universalidade não é o fruto da inclusão sucessiva de diversas comunidades”.

“Desde o primeiro instante, de fato, o Espírito Santo a criou como a Igreja de todos os povos; essa abraça o mundo inteiro, supera todas as fronteiras de raça, classe, nação; abate todas as barreiras e une os homens na profissão do Deus uno e trino. Desde o início a Igreja é una, católica e apostólica: essa é a sua verdadeira natureza e como tal deve ser reconhecida. Ela é santa, não graças à capacidade dos seus membros, mas porque Deus mesmo, com o seu Espírito, cria-a, purifica-a e santifica-a sempre", afirmou o Pontífice.

O Papa recorda que no Evangelho de hoje os discípulos se alegraram ao ver o Senhor, que é "a alegria mesma, dom do Espírito Santo. Sim, é belo viver porque sou amado, e é a Verdade que me ama".

"Hoje, em Pentecostes, essa expressão é destinada também a nós, porque na fé podemos vê-Lo; na fé Ele vem entre nós e também a nós mostra as mãos e o lado, e nós nos alegramos. Por isso queremos rezar: Senhor, mostra-te! Dá-nos o dom da tua presença, e teremos o dom mais belo: a tua alegria. Amém!", concluiu Bento XVI.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A ARMA MAIS PODEROSA


Veni Creator Spiritus! Vem, Espírito Criador!

Vinde Espírito Criador, as nossas almas visitai
e enchei os corações com vossos dons celestiais.
Vós sois chamados o Intercessor de Deus, excelso Dom sem par,
a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar.

Sois doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai,
por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamais.
A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor,
nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor.

Nosso inimigo repeli, e concedei-nos vossa paz,
se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás.
Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer
que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer.
Amém!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O nome e as designações do Espírito Santo

O NOME PRÓPRIO DO ESPÍRITO SANTO
691. «Espírito Santo», tal á o nome próprio d'Aquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho. A Igreja recebeu este nome do Senhor e professa-o no Baptismo dos seus novos filhos (13).
O termo «Espírito» traduz o termo hebraico « Ruah» que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente d'Aquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino (14). Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às três Pessoas divinas. Mas, juntando os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo, sem equívoco possível com os outros empregos dos termos «espírito» e «santo».

AS DESIGNAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO
692. Jesus, ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, chama-Lhe o «Paráclito», que, à letra, quer dizer: «aquele que é chamado para junto», ad vocatus (Jo 14, 16. 26; 15, 26; 16, 7). «Paráclito» traduz-se habitualmente por «Consolador», sendo Jesus o primeiro consolador (15). O próprio Senhor chama ao Espírito Santo «o Espírito da verdade» (16).
693. Além do seu nome próprio, que é o mais empregado nos Actos dos Apóstolos e nas epístolas, encontramos em S. Paulo as designações: Espírito da promessa (Gl 3, 14; Ef 1, 13), Espírito de adopção (Rm 8, 15: Gl 4, 6), Espírito de Cristo (Rm 8, 9), Espírito do Senhor (2 Cor 3, 17). Espírito de Deus (Rm 8, 9. 14; 15, 19; 1 Cor 6, 11; 7, 40), e em S. Pedro, Espírito de glória (1 Pe 4, 14).

A missão conjunta do Filho e do Espírito

689. Aquele que o Pai enviou aos nossos corações, o Espírito do seu Filho (7), é realmente Deus. Consubstancial ao Pai e ao Filho, é d'Eles inseparável, tanto na vida íntima da Trindade como no seu dom de amor pelo mundo. Mas ao adorar a Santíssima Trindade, vivificante, consubstancial e indivisível, a fé da Igreja professa também a distinção das Pessoas. Quando o Pai envia o seu Verbo, envia sempre o seu Espírito: missão conjunta na qual o Filho e o Espírito Santo são distintos mas inseparáveis. Sem dúvida, é Cristo quem aparece, Ele que é a Imagem visível de Deus invisível; mas é o Espírito Santo quem O revela.

690. Jesus é Cristo, «ungido», porque o Espírito é d'Ele a Unção; e tudo quanto acontece a partir da Encarnação, decorre desta plenitude (8). Finalmente, quando Cristo é glorificado (9), pode, por sua vez, enviar de junto do Pai, o Espírito, aos que crêem n'Ele: comunica-lhes a sua glória (10), quer dizer, o Espírito Santo que O glorifica (11). A missão conjunta desenvolver-se-á, a partir desse momento, nos filhos adoptados pelo Pai no Corpo do seu Filho: a missão do Espírito de adopção consistirá em uni-los a Cristo e fazê-los viver n' Ele:

«A unção sugere... que não há nenhuma distância entre o Filho e o Espírito. Com efeito, do mesmo modo que entre a superfície do corpo e a unção do óleo, nem a razão nem os sentidos encontram qualquer entremeio, assim é imediato o contacto do Filho com o Espírito, de tal modo que aquele que vai tomar contacto com o Filho pela fé, tem que contactar primeiro com o óleo. Com efeito, não há pane alguma que esteja despida do Espírito Santo. É por isso que a confissão do Senhorio do Filho se faz no Espírito Santo para aqueles que a recebem, pois o Espírito vem, de todos os lados, ao encontro daqueles que se aproximam pela fé» (12).

Ação do Espirito Santo

ARTIGO DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA
687. «Ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus» (1 Cor 2, 11). Ora, o seu Espírito, que O revela, faz-nos conhecer Cristo, seu Verbo, sua Palavra viva; mas não Se diz a Si próprio. Aquele que «falou pelos profetas» (5) faz-nos ouvir a Palavra do Pai. Mas a Ele, nós não O ouvimos. Não O conhecemos senão no movimento em que Ele nos revela o Verbo e nos dispõe a acolhê-Lo na fé. O Espírito de verdade, que nos «revela» Cristo, «não fala de Si próprio» (6). Tal escondimento, propriamente divino, explica porque é que «o mundo não O pode receber, porque não O vê nem O conhece», enquanto aqueles que crêem em Cristo O conhecem, porque habita com eles e está neles (Jo 14, 17).

688. A Igreja, comunhão viva na fé dos Apóstolos que ela transmite, é o lugar do nosso conhecimento do Espírito Santo:

— Nas Escrituras, que Ele inspirou:
— na Tradição, de que os Padres da Igreja são testemunhas sempre actuais;
— no Magistério da Igreja, que Ele assiste;
— na liturgia sacramental, através das suas palavras e dos seus símbolos, em que o Espírito Santo nos põe em comunhão com Cristo;
— na oração, em que Ele intercede por nós;
— nos carismas e ministérios, pelos quais a Igreja é edificada;
— nos sinais de vida apostólica e missionária;
— no testemunho dos santos, nos quais Ele manifesta a sua santidade e continua a obra da salvação.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Creio no Espírito Santo

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA PRIMEIRA PARTE
A PROFISSÃO DA FÉ
CAPÍTULO TERCEIRO

683. «Ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" a não ser pela acção do Espírito Santo» (1Cor 12, 3). «Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá! Pai!'» (Gl 4, 6). Este conhecimento da fé só é possível no Espírito Santo. Para estar em contacto com Cristo, é preciso primeiro ter sido tocado pelo Espírito Santo. É Ele que nos precede e suscita em nós a fé. Em virtude do nosso Baptismo, primeiro sacramento da fé, a Vida, que tem a sua fonte no Pai e nos é oferecida no Filho, é-nos comunicada, íntima e pessoalmente, pelo Espírito Santo na Igreja:

O Baptismo «dá-nos a graça do novo nascimento em Deus Pai, por meio do Filho no Espírito Santo. Porque aqueles que têm o Espírito de Deus são conduzidos ao Verbo, isto é, ao Filho: mas o Filho apresenta-os ao Pai, e o Pai dá-lhes a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver o Filho de Deus, e sem o Filho ninguém tem acesso ao Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus faz-se pelo Espírito Santo»(1).

684. O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e Aquele que Ele enviou, Jesus Cristo (2). No entanto, Ele é o último na revelação das Pessoas da Santíssima Trindade. São Gregário de Nazianzo, «o Teólogo», explica esta progressão pela pedagogia da «condescendência» divina:

«O Antigo Testamento proclamava manifestamente o Pai e mais obscuramente o Filho. O Novo manifestou o Filho e fez entrever a divindade do Espírito. Agora, porém, o próprio Espírito vive connosco e manifesta-se a nós mais abertamente. Com efeito, quando ainda não se confessava a divindade do Pai, não era prudente proclamar abertamente o Filho: e quando a divindade do Filho ainda não era admitida, não era prudente acrescentar o Espírito Santo como um fardo suplementar, para empregar uma expressão um tanto ousada [...] É por avanços e progressões "de glória em glória " que a luz da Trindade brilhará em mais esplendorosas claridades» (3).

685. Crer no Espírito é, portanto, professar que o Espírito Santo é uma das Pessoas da Santíssima Trindade, consubstancial ao Pai e ao Filho, «adorado e glorificado com o Pai e o Filho» (4). É por isso que tratamos do mistério divino do Espírito Santo na «teologia» trinitária. Portanto, aqui só trataremos do Espírito Santo no âmbito da «economia» divina.

686. O Espírito Santo age juntamente com o Pai e o Filho, desde o princípio até à consumação do desígnio da nossa salvação. Mas é nestes «últimos tempos», inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, que Ele é revelado e dado, reconhecido e acolhido como Pessoa. Então, esse desígnio divino, consumado em Cristo, «Primogénito» e Cabeça da nova criação, poderá tomar corpo na humanidade pelo Espírito derramado: a Igreja, a comunhão dos santos, a remissão dos pecados, a ressurreição da carne, a vida eterna.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Pentecostes!!!


Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão.

A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Êxodo 23, 14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19, 1-16).

No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2, 1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.

Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.

Podemos notar a importância de Pentecostes nas palavras do Patriarca Atenágoras (1948-1972): "Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a ação moral uma ação de escravos". O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão.

Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente.

O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

Receba a força do Espírito Santo


O Espírito Santo é a promessa de Deus Pai para a nossa vida e quer ser para nós um companheiro inseparável em todos os momentos da nossa vida; por isso precisamos conhecê-Lo. São Paulo, em Éfeso, encontrou-se com alguns discípulos de Cristo e imediatamente lhes perguntou: “Recebeste o Espírito Santo quando abraçastes a fé? Eles responderam: nem sequer ouvimos dizer que existe Espírito Santo! Paulo impôs-lhes as mãos e sobre eles desceu o Espírito Santo” (At 19,2.6).

Essa graça é para todos nós e desejo do Coração de Deus, que quer que sejamos cheios do Espírito Santo e tenhamos toda a nossa vida plena e transformada. O Paráclito faz tudo novo e quer ser para nós um companheiro inseparável para nos direcionar ao longo de toda a nossa existência.

Vinde, Espírito Santo, e renovai a nossa vida!

fonte:http://luziasantiago.com/

Defender direito do homem a viver com Deus


Na homilia das Vésperas que rezou com os sacerdotes, religiosos e consagrados ontem em Zagreb (Croácia), o Papa Bento XVI disse que, segundo o exemplo do Beato Alojzije Stepinac, eles têm o dever de defender a verdade e o direito do homem a viver com Deus.
Conforme assinala Rádio Vaticano, na Catedral dedicada em Zagreb a Maria Santíssima Assunta e a São Estevão rei da Hungria, o Santo Padre se referiu ao Beato Stepinac, "valoroso pastor, exemplo de zelo apostólico e firmeza cristã, cuja vida heróica ilumina também hoje os fiéis das dioceses croatas, sustentando assim a fé e a vida eclesiástica".
"Os méritos deste inesquecível Pastor brotam essencialmente da sua fé: na sua vida, manteve sempre o olhar fixo em Jesus, configurando-se de tal modo com Ele que se tornou uma imagem viva de Cristo, mesmo dos seus sofrimentos. Devido precisamente à sua firme consciência cristã, soube resistir a todo o totalitarismo, tornando-se defensor dos judeus, dos ortodoxos e de todos os perseguidos no tempo da ditadura nazista e fascista e depois, no período do comunismo, "advogado" dos seus fiéis, especialmente dos numerosos sacerdotes perseguidos e assassinados. Sim, tornou-se "advogado" de Deus sobre esta terra, já que defendeu tenazmente a verdade e o direito do homem viver com Deus".
Bento XVI disse logo que "o Beato Aloísio Stepinac correspondeu-lhe com o seu sacerdócio, com o episcopado, com o sacrifício da vida: um único "sim" unido ao de Cristo. O seu martírio marca o apogeu das violências perpetradas contra a Igreja durante a terrível estação da perseguição comunista".
"Os católicos croatas, de modo particular o clero, foram objeto de vexações e abusos sistemáticos, que visavam destruir a Igreja Católica a começar da sua Autoridade local mais alta. Aquele período, particularmente duro, caracterizou-se por uma geração de Bispos, sacerdotes e religiosos dispostos a morrer para não atraiçoar Cristo, a Igreja e o Papa. O povo viu que os sacerdotes nunca perderam a fé, a esperança, a caridade, e deste modo permaneceram sempre unidos. Esta unidade explica o que é humanamente inexplicável, ou seja, que um regime tão duro não tenha podido dobrar a Igreja".
Bento XVI afirmou que "Também hoje a Igreja na Croácia é chamada a estar unida para enfrentar os desafios do contexto social em mudança, individuando com audácia missionária novos caminhos de evangelização especialmente ao serviço das jovens gerações. ".
Neste contexto se referiu à importância de que, "sobretudo os Bispos e os sacerdotes trabalhem sempre ao serviço da reconciliação entre os cristãos divididos e entre cristãos e muçulmanos, seguindo os passos de Cristo, que é a nossa paz. Relativamente aos sacerdotes, não deixeis de oferecer-lhes claras indicações espirituais, doutrinais e pastorais".
"A comunidade eclesial apresenta no seu próprio seio legítimas diversidades, mas só pode prestar um testemunho fiel ao Senhor na comunhão dos seus membros. Isto requer de vós o serviço da vigilância, que haveis de prestar no diálogo e com grande amizade, mas também com clareza e firmeza".
Depois de recordar que o beato Stepinac dizia que "um dos maiores males de nosso tempo é a mediocridade nas questões de fé", o Papa assinalou que "doutrina moral da Igreja, hoje freqüentemente incompreendida, não se pode desvincular do Evangelho. Compete precisamente aos Pastores propô-la com autoridade aos fiéis, para os ajudarem a avaliar as suas responsabilidades pessoais, a harmonia entre as suas decisões e as exigências da fé".
O Santo Padre exortou aos sacerdotes a não desanimar-se apesar da escassez de vocações e a "permanecer vigilantes na oração e na vida espiritual para realizardes com fruto o vosso ministério: ensinar, santificar e guiar a quantos estão confiados aos vossos cuidados".
Logo alentou a acolher "com magnanimidade quem bate à porta do vosso coração, oferecendo a cada um os dons que a bondade divina vos confiou. Perseverai na comunhão com o vosso Bispo e na mútua colaboração. Alimentai o vosso compromisso nas fontes da Escritura, dos Sacramentos, do louvor constante de Deus, abertos e dóceis à ação do Espírito Santo; sereis assim agentes eficazes da nova evangelização, que sois chamados a realizar juntamente com os leigos, de modo coordenado e sem confusão entre aquilo que depende do ministério ordenado e o que pertence ao sacerdócio universal dos batizados. Tende a peito o cuidado das vocações ao sacerdócio".
Aos consagrados e consagradas, assegurou que "a Igreja espera muito" deles. "Que Deus seja sempre a vossa única riqueza: deixai-vos plasmar por Ele, para tornar visível ao homem atual, sedento de valores autênticos, a santidade, a verdade, o amor do Pai celeste. Sustentados pela graça do Espírito, falai ao povo com a eloqüência duma vida transfigurada pela novidade da Páscoa. Deste modo a vossa vida inteira tornar-se-á sinal e serviço da consagração que cada batizado recebeu quando foi incorporado em Cristo".
Finalmente pediu aos jovens que se preparam para o sacerdócio ou a vida consagrada, que seu "Esteja sempre pronto o vosso coração. O testemunho heróico do Beato Aloísio Stepinac inspire uma renovação das vocações entre os jovens croatas".

Não vos confomeis...



“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.” (Rm 12,2)
Estamos na segunda parte da Carta de São Paulo aos Romanos, em que o Apóstolo descreve a conduta cristã como expressão da vida nova, do verdadeiro amor, da verdadeira alegria e liberdade que Cristo nos doou. É a vida cristã, apresentada como novo modo de enfrentar – com a luz e a força do Espírito Santo – as várias tarefas e problemas com que podemos deparar.
Nesse versículo, estreitamente ligado ao anterior, o Apóstolo mostra o intuito e a atitude fundamentais que deveriam caracterizar todo comportamento nosso: fazer da vida um hino de louvor a Deus, um ato de amor que se prolonga no tempo, buscando constantemente a sua vontade, o que mais lhe agrada.
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.”
É evidente que, para cumprir a vontade de Deus, em primeiro lugar é preciso conhecê-la. Mas, como o Apóstolo dá a entender, isso não é fácil. Não é possível conhecermos bem a vontade de Deus sem uma luz especial que nos ajude a discernir, nas diversas circunstâncias, o que Deus quer de nós, evitando as ilusões e os erros nos quais facilmente poderíamos cair.
Trata-se daquele dom do Espírito Santo que se chama “discernimento”, indispensável para edificarmos em nós uma mentalidade autenticamente cristã.
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.”
E como podemos obter e desenvolver em nós esse dom tão importante? Sem dúvida, isso exige um bom conhecimento da doutrina cristã. Mas ainda não é suficiente. Como o Apóstolo sugere, é principalmente questão de vida, é questão de generosidade, de impulso em viver a palavra de Jesus, deixando de lado receios, incertezas e ponderações medíocres. É questão de disponibilidade e de prontidão em cumprir a vontade de Deus. É esse o caminho para termos a luz do Espírito Santo e formarmos em nós a mentalidade nova que esta Palavra requer.
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.”
Como, então, vamos viver a Palavra de Vida deste mês? Procurando, também nós, merecer a luz necessária para cumprirmos bem a vontade de Deus.
Para tanto, vamos fazer o propósito de conhecer cada vez mais a sua vontade, no modo com que ela se manifesta pela sua Palavra, pelos ensinamentos da Igreja, pelos deveres do nosso estado de vida e assim por diante.
Mas a principal preocupação será com a nossa vivência, pois, como acabamos de ver, é da vida, é do amor que jorra a verdadeira luz. Jesus se manifesta a quem o ama, colocando em prática seus mandamentos. (cf Jo 14,21).
Assim, conseguiremos cumprir a vontade de Deus como o presente mais bonito que temos a lhe oferecer. E este será agradável a Deus, não só por ser expressão do amor, mas também pela luz e pelos frutos de renovação cristã que fará surgir ao nosso redor.

Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em agosto de 1993.
fonte:http://www.focolare.org/pt/news/2011/06/01/giugno-2011/

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Esclarecimentos para os irmãos separados: Os católicos e a Virgem Maria

Por que os católicos adoram a Maria? Somente se deve adorar a Deus.

Antes de tudo, terá que dizer que os católicos não adoram à Virgem Maria. O culto que lhe professamos não é adoração, posto que esta corresponde unicamente a Deus. Os católicos veneram a Santa Maria, porque Ela é a mulher a quem Deus escolheu para que fora a Mãe de Cristo. Quer dizer, Maria não é uma pessoa qualquer, é a Mãe do próprio Deus. Recordemos a passagem da visitação:

"E aconteceu que, assim que Isabel ouviu a saudação de Maria, saltou de gozo o menino em seu seio, e Isabel ficou cheia de Espírito Santo; e exclamando com grande voz, disse: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de seu seio. »" (Lc 1, 41-42)

Isabel chama Maria "Bendita és tu entre as mulheres", e a chama deste modo por inspiração do Espírito Santo, do qual se enche logo depois de escutar a saudação de Maria. E a Virgem mesma diz nos seguintes versículos:

"E disse María: «Minha alma engrandeçe o Senhor, e meu espirito exulta em Deus meu Salvador, porque olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem aventurada." (Lc 1, 46-48)

María é bem-aventurada pelo fato de ter sido escolhida Por Deus para levar o Salvador em seu seio, e por isso os católicos a chamam assim durante "doravante as gerações". O respeito e veneração que professam os católicos à Santíssima Virgem têm, portanto, bases bíblicas sólidas.

Maria não é mãe de Deus, é somente mãe de Cristo. Não pode ser mãe de Deus porque Deus é infinito e eterno, e Maria não.

Isabel, na passagem da visitação, chama a Maria "A mãe de meu Senhor" (Lc 1, 43). Certamente, o Senhor é Jesus, quem é Deus mesmo. Se aceitarmos que Maria é verdadeira e realmente mãe do Senhor Jesus, então Ela é, portanto, verdadeira e realmente Mãe de Deus, já que o Senhor Jesus é Deus mesmo. Pretender que Maria é mãe "somente" do corpo físico do Senhor é absurdo. O Senhor Jesus é uma pessoa completa. Pretender separar sua divindade e sua humanidade é absurdo, e é uma heresia conhecida como nestorianismo, que diz que há duas pessoas separadas em Cristo encarnado: uma divina (o filho de Deus) e outra humana (o filho de Maria). A heresia foi condenada e a doutrina esclarecida no Concílio de Efeso no ano 431.

Logicamente, a divindade do Senhor Jesus não provém de Maria, mas não por isso ela deixa de ser verdadeiramente Sua Mãe. O mesmo acontece conosco: a alma imortal que cada um de nós possui provém diretamente de Deus, mas isso não significa que minha mãe não seja verdadeira minha mãe. Terá que recordar que foi vontade do Senhor o haver-se encarnado em uma mulher, e que essa Mulher fosse sua Mãe. Deus não necessitava uma Mãe, mas quis atuar assim em seu plano de Salvação, e por sua Vontade Maria foi escolhida como Mãe de Deus "porque nada é impossível para Deus" (Lc 1, 37)

Maria é chamada "intercessora", o qual é antibíblico, segundo 1 Tim 2, 5 que diz "Porque há um só Deus, e também um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus"

A Igreja Católica nunca ensinou que María ocupa o lugar do Senhor Jesus, justamente o contrário. A Igreja proclamou sempre que Cristo é o único caminho para chegar ao Pai, e que só por Ele é que somos reconciliados. Por isso, e neste sentido, Jesus é o único mediador entre Deus e os homens, o único no qual Deus e o homem são reconciliados.

Entretanto, há outro sentido da palavra "mediador". Por exemplo, se pedir a alguém que ore por ti, então essa pessoa está "mediando" ou "intercedendo" por ti ante Deus. Neste sentido, qualquer pode interceder ante Deus por outra pessoa, e isto em nada obscurece ou diminui a mediação e a reconciliação trazida por Jesus Cristo, justamente o contrário. E é neste sentido que dizemos que Santa Maria é intercessora, e o é por excelência, já que é a que mais esteve unida ao Verbo Encarnado, sendo sua própria Mãe.

Há algum exemplo no qual Santa Maria tenha intercedido por alguém mais nos Evangelhos? A resposta encontramos na passagem das bodas de Caná:

" No terceiro dia, houve uma festa de casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava aí. Jesus também tinha sido convidado para essa festa de casamento, junto com seus discípulos. Faltou vinho e a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm mais vinho!" Jesus respondeu: Mulher, que existe entre nós? Minha hora ainda não chegou." A mãe de Jesus disse aos que estavam servindo: "Façam o que ele mandar." Havia aí seis potes de pedra de uns cem litros cada um, que serviam para os ritos de purificação dos judeus. Jesus disse aos que serviam: "Encham de água esses potes." Eles encheram os potes até a boca. Depois Jesus disse: "Agora tirem e levem ao mestre-sala." Então levaram ao mestre-sala. Este provou a água transformada em vinho, sem saber de onde vinha. Os que serviam estavam sabendo, pois foram eles que tiraram a água. Então o mestre-sala chamou o noivo e disse: "Todos servem primeiro o vinho bom e, quando os convidados estão bêbados, servem o pior. Você, porém, guardou o vinho bom até agora." Foi assim, em Caná da Galiléia, que Jesus começou seus sinais. Ele manifestou a sua glória, e seus discípulos acreditaram nele." (Jo 2, 1-11)

A passagem não é uma simples anedota do Evangelho, é o primeiro milagre do Senhor Jesus. João diz que foi aí onde Ele começou seus sinais e manifestou sua glória. Maria se dirige ao Senhor, expressando sua preocupação pelos noivos com as palavras "Não têm vinho", e espera dEle uma intervenção que resolva. A aparente negativa do Jesus não é mais que isso, aparente. Maria, que confia em seu Filho, deixa- toda a iniciativa a Ele, dirigindo-se aos empregados e convidando-os a fazer o que Ele lhes disser. E sua confiança é recompensada. O Senhor obra o milagre, transformando a água em vinho. A intervenção da Santa Maria no primeiro milagre de seu Filho não é acidental. A passagem das bodas de Caná põe em destaque o papel cooperador de Maria na missão do Senhor Jesus.

Maria teve outros filhos. Na Bíblia se fala claramente dos "irmãos de Jesus" (MT 12, 46; MT 13, 55; Mc 3, 31, etc.)

A palavra grega que se utiliza para designar aos irmãos de Jesus é "adelphos", e tem distintos significados: irmão de sangue, companheiros, compatriotas, etc. Nenhum dos Evangelhos menciona outros filhos de Maria como tais. Por outro lado, a resposta de Santa Maria ao anjo "«Como será isto, se não conheço varão?»" (Lc 1, 34) quando lhe anuncia que vai conceber um filho, não podem entender-se se María não tivesse tido a intenção de permanecer virgem, pois nesse momento já estava desposada com José (Lc 1, 27). "Conhecer" neste caso significa ter relações sexuais íntimas. Se Maria tivesse pensado em ter relações com José, o fato de que o anjo lhe anuncie que vai ter um filho lhe teria parecido conseqüência natural de seu matrimônio, com o qual não tivesse dado essa resposta.

O Evangelho também diz que Jesus é o filho primogênito da Maria (Lc 2, 7) e alguns pretendem ver nisto uma prova de que Maria tinha outros filhos. Entretanto, a palavra "primogênito" somente faz referência ao primeiro nascido, e não de se tiver ou não tem irmãos.

Maria não foi virgem depois do parto. No Lc 1, 25 se lê "E não a conhecia até que ela deu a luz um filho, e lhe pôs por nome Jesus.", O que implica que depois de que Maria deu a luz a Jesus teve relações com o José.

A palavra "até" neste caso, quer ressaltar o simples feito de que José não teve relações com a María antes que ela desse a luz a Jesus. Não implica de nenhum modo que José tivesse relações com a María após o nascimento de Cristo.

fonte:http://www.acidigital.com/apologetica/maria.htm

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Ser cristão "não é um traje para ser usado em privado"

Ao receber ontem os participantes da assembléia plenária do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, o Papa Bento XVI ressaltou que ante os esforços de alguns de expulsar a fé da vida pública, deve recordar-se que "ser cristão não é uma espécie de traje que se usa em privado".

Em seu discurso aos membros do dicastério instituído por ele em outubro de 2010, o Santo Padre destacou que o anúncio que sempre proclamou a Igreja "hoje precisa ser renovado para convencer o homem moderno, freqüentemente distraído e insensível. Por isso, a nova evangelização deve buscar encontrar as vias para que seja mais eficaz o anúncio da salvação, sem o qual a vida é contraditória e carece do essencial".

"Inclusive a aqueles que seguem unidos às raízes cristãs, mas vivem uma relação difícil com a modernidade, é importante fazer que entendam que ser cristão não é uma espécie de traje que se usa em privado ou em ocasiões especiais, mas algo vivo e totalizador, capaz de assumir tudo o que há de bom na modernidade".

Bento XVI sublinhou logo que "o termo ‘nova evangelização’ recorda a exigência de um novo modo de anúncio, especialmente para aqueles que vivem em um contexto como o atual, onde o desenvolvimento da secularização deixou lastros profundos nos países de tradição cristã".

"A crise que vivemos traz consigo os traços da exclusão de Deus da vida das pessoas, uma indiferença geral ante a fé cristã, até a tentativa de marginá-la da vida pública".

"Ademais, freqüentemente se verifica o fenômeno de pessoas que desejam pertencer à Igreja, mas que estão fortemente determinadas por uma visão da vida que contrasta com a fé".

O Papa destacou logo que "anunciar a Jesus Cristo único Salvador do mundo, hoje é mais complexo que no passado, mas nossa tarefa segue sendo a mesma que ao começo de nossa história. A missão não mudou, assim como não deve mudar o entusiasmo e a valentia que moveram os apóstolos e os primeiros discípulos".

Seguidamente expressou o desejo de que nos trabalhos da plenária destes dias, os membros e consultores esbocem "um projeto para ajudar a toda a Igreja e às diversas Igrejas particulares no compromisso da nova evangelização; um projeto onde a urgência de um renovado anúncio se encarregue da formação, em particular para as novas gerações, e se conjugue com a proposta de sinais concretos para que a resposta da Igreja neste peculiar momento seja clara".

Finalmente o Santo Padre assinalou que "se, por uma parte, toda a comunidade está chamada a reforçar o espírito missionário para oferecer o anúncio novo que esperam os homens de nosso tempo, não se pode esquecer que o estilo de vida dos fiéis necessita uma verdadeira credibilidade, quanto mais convincente quanto mais dramática seja a condição das pessoas às quais se dirigem".
fonte:http://www.acidigital.com/noticia.php?id=21872