Para todos os cristãos
o Natal é muito mais que a lembrança do nascimento de um grande personagem.
Explicar o sentido desta festa nos dias atuais é muito importante,
uma vez que inclusive os não-crentes percebem como algo extraordinário e
transcendente, algo íntimo que toca os corações.
Os valores da simplicidade, da amizade e da solidariedade, que
tanto se exaltam nesta festa, não bastam para assimilar plenamente o valor do
Natal.
No Natal, portanto, não nos limitamos a comemorar o nascimento
de um grande personagem; não celebramos simplesmente e em abstrato o mistério
do nascimento do homem ou em geral o nascimento da vida; tampouco celebramos só
o princípio de uma nova estação.
Nós sabemos que se celebra o acontecimento central da história:
a Encarnação do Verbo divino para a redenção da humanidade Jesus Cristo.
Na Biblia o evangelista São João em seu prologo usa a palavra
grega “Logos” que é utilizada a Jesus não tem só significado de “verbo”, mas também de “Sentido”.
Então podemos concluir
que o “Sentido eterno” do mundo se fez tangível a nossos sentidos e à nossa
inteligência: agora podemos tocá-lo e contemplá-lo, e esse “sentido” não é
simplesmente uma idéia geral inscrita no mundo, mas é uma Pessoa que se
interessa por cada um de nós, é Jesus Cristo.
Sim, existe um sentido, e o sentido não é um protesto impotente
contra o absurdo. O Sentido é poderoso: é Deus bom, que não se confunde com
qualquer poder excelso e distante, ao que nunca se poderia chegar, mas um Deus
que se fez próximo de nós.
Mas, por que Deus se fez um menino indefeso?
Na gruta de Belém, Deus se mostra a nós como humilde ‘infante’
para vencer nossa soberba.
Talvez tivéssemos nos rendido mais facilmente frente ao poder,
frente à sabedoria; mas Ele não quer nossa rendição; apela mais ao nosso
coração e à nossa decisão livre de aceitar seu amor.
Então neste tempo que
se especula mais uma vez no fim do mundo, porque não acabar com uma vida vazia
e sem sentido, presa a soberba, orgulho e avareza. Começar neste natal com uma
vida nova, cheia de alegria e cheia de “Sentido” que é Jesus o Deus que vem ao seu encontro como um menino.
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