segunda-feira, 20 de março de 2017

Papa Francisco: Ecumenismo x Proselitismo?


Recentemente, em um encontro com luteranos, o Papa Francisco disse que “o proselitismo é o veneno mais potente contra o caminho ecumênico”[1] e assegurou, diante da pergunta sobre o que fazer para convencer os que não têm fé, que “a última coisa que você deve fazer é: 'dizer'. Você deve viver como cristão eleito, perdoado e a caminho. Não é lícito convencer da sua fé”. Também aconselhou limitar-se a “preparar a terra para o Espírito Santo; é ele que trabalha nos corações. Ele é que deve dizer, não você”.
Diante destas afirmações, muitas pessoas ficaram perplexas e eu quis escrever este artigo, para tentar compreender da melhor forma possível as palavras do Papa.

DEFINIÇÃO DE PROSELITISMO

Costumo dizer, inspirado no bordão escolástico “De definitionibus non est disputandum” (“as definições não se discutem”), que as questões terminológicas são de segunda ordem em relação às questões de fundo ou de conteúdo, e que cada um tem o direito de escolher sua própria terminologia, dentro de certos limites. No entanto, é importante que quando alguém fizer uso de alguma terminologia, explique de maneira clara o que está querendo dizer com ela. É importante também compreender como o referido termo é entendido pela maior parte das pessoas na atualidade. Se fizermos isto, estaremos evitando equívocos e mal-entendidos.
Como explicou[2] há vários anos Mons. Fernando Ocáriz[3], sacerdote e teólogo espanhol, Vigário Auxiliar do Opus Dei e consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, a palavra "proselitismo" foi empregada tradicionalmente em dois sentidos: um positivo e outro negativo.
De modo negativo para descrever um modo de agir não-conforme ao espírito evangélico, quando utiliza argumentos desonestos para atrair os homens à sua Comunidade, abusando, por exemplo, de sua ignorância, pobreza, etc.
De modo positivo como conceito equivalente ao de atividade missionária. E explica que "na Bíblia, este termo não tem conotação negativa nenhuma. Um 'prosélito' era aquele que acreditava no Senhor e aceitava a sua lei, e deste modo se convertia em membro da comunidade judaica. A Cristandade tomou este significado para descrever aquele que se convertia do Paganismo. Até época recente, a atividade missionária e o proselitismo eram considerados conceitos equivalentes".
Na atualidade, o uso que foi dado à palavra desde os últimos pontificados foi o de sentido pejorativo e este uso se tem imposto, a ponto que quando alguém fala em proselitismo costuma se referir somente aos métodos desonestos para atrair os outros à fé. Na prática, também foi um tentativa para tentar aliviar a situação dos cristãos em países onde o Cristianismo é minoria e aos que, sob a acusação de proselitismo, são perseguidos e condenados à morte. O caso de Asia Bibi é um entre muitos casos emblemáticos e, portanto, atualmente se prefere já não empregar o termo “proselitismo” para descrever a tentativa de atrair os outros à verdadeira fé, mas o de “evangelização”.
Nesse sentido, não haveria motivo algum para ficar perplexo quando o Papa descreve o “proselitismo” como o veneno mais potente contra o caminho ecumênico, porque não é lícito de maneira nenhuma recorrer a métodos desonestos, nem sequer para levar a mensagem cristã, pois sabemos que o fim não justifica os meios.
Porém, também explica Mons. Fernando Ocáriz, no artigo previamente citado, que “o problema de fundo é que com a tendência que tenta impor-se em alguns ambientes, de usar a palavra 'proselitismo' como algo negativo, se pretende afirmar uma atitude relativista e subjetivista, sobretudo no plano religioso, para o qual não teria sentido que uma pessoa pretendesse ter a verdade e procurasse convencer outras pessoas para que a acolham e se incorporem à Igreja. A desqualificação presente em alguns ambientes da palavra 'proselitismo', sobretudo quando se refere ao apostolado cristão, muito tem a ver, com efeito, com essa 'ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que deixa como última medida somente o próprio eu e os seus desejos' (Joseph Ratzinger, Homilia na Missa de Abertura do Conclave, de 18.04.2005)”.
É aí que as palavras do Papa Francisco causam perplexidade em muitos, porque literalmente ele disse que “a única coisa que você deve fazer é: 'dizer'. Você deve viver como cristão eleito, perdoado e a caminho. Não é lícito convencer da sua fé”.
Entendo perfeitamente que o Papa não está exortando ao Indiferentismo, pois mais adiante ele fala em “preparar a terra para o Espírito Santo; é ele que trabalha nos corações. Ele é que deve dizer, não você”. Porém, mesmo assim, é incompreensível para mim enxergar como excludente a tentativa de convencer outros a aceitarem a fé cristã com o agir do Espírito Santo, pois sempre foi entendido que se trata de Deus, causa primeira, agindo através do homem, causa segunda.
Cabe dizer ainda que quando tentamos convencer os outros, não estamos decidindo por eles, nem impondo-lhes a nossa fé; estamos ajudando como  instrumento que somos, dando por entendido que é Deus quem, ao final, faz a obra. Ou por acaso não é Deus quem age em nós o querer e o agir, como bem lhe parece? (cf. Filipenses 2,13).

UMA NOVA FORMA DE EVANGELIZAR?

Obviamente, como católico entendo que o Papa, como ser humano, tem um estilo pastoral particular. Nem todos os Papas podem ser iguais e parece tratar-se aqui de um enfoque diferente ou uma forma indireta de atrair somente através do testemunho. Na história da Igreja, muitos Santos como, por exemplo São Francisco de Assis, conseguiram atrair ao mesmo tempo de forma passiva (com o puro exemplo e sem dizer uma única palavra) e de forma ativa (exortando, convidando e convencendo); porém, nunca ficaram só com a primeira forma e jamais ensinaram que a segunda fosse ilícita.
O Novo Testamento nos narra que São Paulo “todo sábado, discutia na sinagoga e se esforçava por convencer judeus e gregos” (Atos 18,4). E no decorrer do Novo Testamento, vemos descrever uma e outra vez os esforços que ele ativamente dedicava para obter conversões. São Paulo estava neste ponto equivocado?
São Pedro, o primeiro Papa, em sua primeira grande pregação, convidou à conversão todos os seus ouvintes:
- “Pedro lhes respondeu: "Convertei-vos e que cada um de vós se faça batizar no nome de Jesus Cristo, para a remissão dos vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2,38).
Não só os Apóstolos, pois a exortação à conversão provém do próprio Deus no Antigo Testamento, através de seus profetas:
- “Convertei-vos através das minhas repreensões: derramarei meu espírito para vós; vos comunicarei minhas palavras” (Provérbios 1,23).
- “Por isso, diz à casa de Israel: "Assim diz o Senhor Yahveh: 'Convertei-vos, afastai-vos das vossas sujeiras; de todas as vossas abominações afastai o vosso rosto'"” (Ezequiel 14,6).
De São João Batista e do próprio Jesus:
- “Desde então começou Jesus a pregar e a dizer: 'Convertei-vos, porque o Reino dos Céus chegou'” (Mateus 4,17).
- “O tempo se cumpriu e o Reino de Deus está próximo; convertei-vos e crede na Boa Nova” (Marcos 1,15).
E não só eles e os Apóstolos, mas durante todos os séculos da Igreja. Eu teria que escrever livros e mais livros para mencioná-los todos, porém recordo aqui São Francisco Xavier discutindo com os sacerdotes budistas, tentando convencê-los; Santo Antonio de Pádua convencendo os hereges patarinos e fazendo-os retornar à verdadeira fé; Santo Inácio de Loiola; e vai aqui um longo etc. O que devemos fazer? Lançar todos eles às patas dos cavalos?

NOS SALVAMOS PELA FÉ, A FÉ VEM PELA PREGAÇÃO, "EX AUDITU", O JUSTO VIVE DA FÉ

É por isso que um enfoque tal como o que propomos aqui, na minha opinião, é muito fácil de ser mal-interpretado e pode ser prejudicial e nefasto, afundando os católicos ainda mais na apatia. Imaginemos por exemplo a seguinte conversa entre dois católicos em relação a uma possível interpretação das palavras do Papa:
A: "Sede pescadores de homens". Estou esgotado!
B: Não é lícito convencer ninguém da sua fé!
A: Perdi o meu tempo! É melhor eu tirar férias...
Obviamente, [o diálogo acima] não passa de uma brincadeira, porém estamos realmente certos de que não haverá os que entendam essas palavras assim? Gestos similares do Papa Francisco foram interpretados neste sentido, não só por católicos mas também por protestantes, como por exemplo este diário protestante que afirma que o Papa proibiu que tentássemos converter os judeus à fé cristã[4]. Inclusive altos prelados da nossa Igreja parecem raciocinar nesta linha como, por exemplo, o Cardeal Koch, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, que em uma de suas recentes declarações[5] disse que os católicos não devem evangelizar os judeus, os quais devem ser vistos como irmãos mais velhos; porém sim os muçulmanos... Mas posteriormente o padre Federico Lombardi, então porta-voz do Vaticano, esclareceu que isto havia sido mal-interpretado: os católicos tampouco devem tentar converter os muçulmanos, mas apenas evangelizá-los - conceitos que parecem ser excludentes na sua opinião.
Não faz muito tempo, o Papa Emérito Bento XVI saiu do seu retiro para palestrar, abordando o que ele considera um problema fundamental nesta questão. Lucidamente afirmou:

“FÉ CRISTÃ E SALVAÇÃO DOS INFIÉIS

É indubitável que, no que diz respeito a este ponto, estamos diante de uma profunda evolução do dogma. (...) Se é verdade que os grandes missionários do século XVI estavam convencidos de que quem não era batizado estava perdido para sempre – e isto explica o seu compromisso missionário –, após o concílio Vaticano II referida convicção foi definitivamente abandonada na Igreja Católica.
Disto deriva uma dupla e profunda crise: por um lado, isto parece eliminar qualquer tipo de motivação para um futuro compromisso missionário. Por que se deveria tentar convencer as pessoas de aceitarem a fé cristã quando elas podem se salvar também sem ela?
Porém, [por outro lado], aos cristãos também se lhes foi levantada uma questão: a obrigatoriedade da fé e sua forma de vida passou a ser incerta e problemática. Ao fim e ao cabo, se há quem possa se salvar também por outros modos, já não está tão claro por que o cristão deve estar vinculado às exigências da fé cristã e à sua moral. Se a fé e a salvação já não são interdependentes, também a fé perde a sua motivação.
Nos últimos tempos se levou a cabo diversas tentativas com o fim de conciliar a necessidade universal da fé cristã com a possibilidade de salvar-se sem ela.
Recordo duas aqui: antes de mais nada, a conhecida tese dos cristãos anônimos de Karl Rahner (...) É certo que esta teoria é fascinante, porém reduz o Cristianismo a uma apresentação pura e consciente do que o ser humano é em si e, portanto, descuida do drama da mudança e da renovação, fundamental no Cristianismo.
Ainda menos aceitável é a solução proposta pelas teorias pluralistas da religião, segundo as quais todas as religiões, cada uma a sua maneira, seriam vias de salvação e, neste sentido, equivalentes entre si.
A crítica da religião tal como é exercida pelo Antigo Testamento, o Novo Testamento e a Igreja primitiva é essencialmente mais realista, mais concreta e mais verdadeira em sua análise das diferentes religiões. Uma aceitação tão simplista não é proporcional à grandeza da questão.
Recordamos sobretudo Henri de Lubac e, com ele, outros teólogos que insistiram sobre o conceito de substituição vicária. (...) Cristo, ao ser único, era e é para todos: e os cristãos, que na grandiosa imagem de Paulo constituem o seu corpo neste mundo, participam do referido 'ser para'. Para dizê-lo de algum modo, os cristãos não são por si mesmos, mas com Cristo, para os outros.
Isto não significa possuir uma espécie de ingresso especial para ingressar na bem-aventurança eterna, mas a vocação para construir o conjunto, o todo. O que a pessoa humana precisa em ordem à salvação é a íntima abertura para com Deus, a íntima expectativa e adesão a Ele e isto, vice-versa, significa que nós, junto do Senhor que temos conhecido, vamos para com os outros e tentamos fazer visível para eles o acontecimento de Deus em Cristo. (...)
Penso que na situação atual é, para nós, cada vez mais evidente e compreensível o que o Senhor diz a Abraão, isto é, que dez justos teriam bastado para que a cidade sobrevivesse; porém, que esta se destrói a si mesma se não alcança este número tão pequeno. Está claro que devemos refletir ulteriormente sobre toda esta questão” (Bento XVI, "Bastam dez justos para salvar toda a cidade"; tradução de Sandro Magister)[6].
 Posso entender que por questões de prudência “política”, o clero prefira evitar o uso de certa terminologia para evitar ofender os nossos irmãos de outras religiões, utilizando sinônimos que significam essencialmente a mesma coisa. Porém, o que eu não posso compreender é que essa terminologia pareça proibir o zelo que todo bom cristão deve ter para atrair outros à fé, exortando-os ativamente a abraçá-la e a unir-se a ela.
Até porque se tentamos convertê-los é precisamente porque queremos o seu bem, porque de duas, uma: se realmente estamos convencidos de que “somente por meio da Igreja Católica de Cristo, que é 'auxílio geral de salvação', se pode alcançar a plenitude total dos meios de salvação” (Concílio Vaticano II, Unitatis Redintegratio 3), não há outra escolha, a menos que não nos importe o seu destino nem os amemos. Porém, se imaginamos que no fim das contas que tanto faz onde estejam, porque estão bem ali, é melhor apagar a luz e ir embora porque estamos perdendo tempo.
Conta o grande cardeal Newman que durante a grande crise ariana no século IV, quase toda a hierarquia foi infiel à sua missão, enquanto que o conjunto do laicato foi fiel ao seu batismo; que às vezes o Papa, às vezes o patriarca, um bispo metropolitano ou de outra grande Sé, e outras vezes os Concílios, disseram o que não deveria dizer, ou obscureceram e comprometeram a verdade revelada; enquanto que, do outro lado, foi o povo cristão que, sob a Providência, constituiu a expressão do vigor eclesiástico de Atanásio, Hilário, Eusébio de Vercelli, e outros grandes confessores solitários que teriam fracassado sem eles.
Não esqueçamos as lições da história, porque ainda que nós nos calemos, as pedras falarão.

NOTAS
[1] https://es.zenit.org/articles/el-papa-asegura-que-el-proselitismo-es-el-veneno-mas-fuerte-contra-el-camino-ecumenico/ (em espanhol).
[2] http://www.apologeticacatolica.org/Ecumenis/Ecume27.html (em espanhol).
[3] http://www.opusdei.org/es/article/mons-fernando-ocariz/ (em espanhol).
[4] http://www.noticiacristiana.com/iglesia/ecumenismo/2015/12/los-catolicos-no-deben-intentar-convertir-a-judios-decide-vaticano.html (em espanhol).
[5] http://www.lanuovabq.it/it/articoli-ebrei-e-islamiciconversioni-non-gradite-16342.htm (em italiano).
[6] http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1351256?sp=y (em espanhol).

PARA CITAR

José Miguel Arráiz. Papa Francisco: Ecumenismo x Proselitismo?. Disponível em: <http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/concilio-vaticano-ii/ecumenismo/918-papa-francisco-ecumenismo-x-proselitismo> Tradutor: Carlos Martins Nabeto. Do Original em Espanhol Disponível em: <http://infocatolica.com/blog/apologeticamundo.php/1610140601-iecumenismo-versus-proselitis>  Desde 17/10/2016.

Lobby gay considera discriminatório celebrar o Dia dos Pais e o das Mães

  shutterstock

Observatório espanhol contra a LGBTfobia, um coletivo gay “contra crimes de ódio”, pediu aos colégios do país suprimir as celebrações do Dia dos Pais e do Dia das Mães para evitar “situações involuntárias de discriminação”.
Por ocasião do Dia dos Pais, comemorado em 19 de março na Espanha – dia no qual se celebra a Solenidade de São José –, a comunidade homossexual emitiu um comunicado em seu site, recomendando que tanto esta celebração, como o dia das Mães, no primeiro domingo de maio, fosse substituída pelo dia Internacional das Famílias, programado para o dia 15 de maio.
No comunicado, Paco Ramirez, Diretor do Observatório Espanhol contra LGBTfobia, advertiu sobre a preocupação da comunidade gay “por situações involuntárias de discriminação causadas atualmente nos colégios quando comemoram o Dia dos Pais ou o Dia das Mães, esquecendo que as famílias na sociedade espanhola são cada vez mais diversas”.
“Por isso, a celebração de alguns dias pensados exclusivamente na família tradicional de pai e mãe faz com que as famílias monoparentais e as famílias homoparentais sejam totalmente ignoradas”, disse.
Segundo Ramirez, comemorar o Dia dos Pais ou o Dia das Mães nas escolas poderia expor os menores “a situações de discriminação e promover o bullying, poderiam ser zombados e ridicularizados pelas outras crianças”.
O diretor da comunidade homossexual também justificou a sua proposta de que estas celebrações não coincidem na mesma data para todos os países do mundo.
Ramirez terminou o seu comunicado criticando o Ônibus da Liberdade da plataforma pró-família HazteOír, referindo-se a ele como “lobby do ódio”.
“Todas as crianças têm um pai? Todas as crianças têm uma mãe? Que não nos enganem!”, disse.
Nas últimas semanas, HazteOír colocou um ônibus para circular em Madri e Barcelona, denunciando a ideologia de gênero imposta nas escolas. No veículo, censurado em ambas as cidades espanholas, estava escrita a mensagem: “Os meninos têm pênis. As meninas têm vulva. Que não te enganem. Se nasce homem, é homem. Se é mulher, seguirá sendo”.

FONTE: ACIdigital

terça-feira, 7 de março de 2017

Chega ao Brasil uma plataforma para católicos que procuram namoro

      Casais que postam fotos românticas se amam mais!
      A plataforma que começou a mudar a forma de buscar namoro entre os católicos já está no Brasil e busca juntar a todos os homens e mulheres que queiram consolidar uma relação séria e durável. A iniciativa já funciona em onze países europeus e permitiu, por exemplo, que na Áustria se formassem 500 casais durante seus dez anos de funcionamento. Enquanto que em Portugal, mesmo a poucos meses de ter sido lançada, já conseguiu levar um casal ao altar.
     Um dos principais atributos é a possibilidade de conectar os brasileiros com pessoas que falem a mesma língua nos outros onze países aonde funciona, dentro de uma comunidade internacional de mais de 50 mil membros.
         datesCatolicos.org é impulsionada por Marta e Antônio Pimenta de Brito, um casal de profissionais e académicos portugueses que se propuseram criar um espaço digital para que os católicos possam encontrar a sua alma gêmea.
      “Sabemos que nem sempre é fácil encontrar uma pessoa que siga os ensinamentos da Igreja e esteja comprometida com um projeto de namoro e família a largo prazo. Por isso, consideramos a internet como um aliado chave para fazer com que essa busca seja mais simples”, destacou Antônio Pimenta de Brito, um dos impulsionadores.
        Entre várias vozes, o Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás, manifestou seu apoio a datesCatolicos.org: “Me uno a esta iniciativa pioneira em Portugal, com a certeza de que seus promotores podem dar garantias e promover a dignidade da família neste momento de ’emergência familiar'”.
         A plataforma tem um funcionamento simples: todo aquele que queira utilizar lá deverá começar com a criação de um perfil na web http://www.datescatolicos.org. Para começar a interagir o usuário poderá observar os demais perfis, buscar critérios específicos, entrar em contato com outros membros e participar de debates e eventos que se anunciam na web. O nome do usuário é selecionado por cada membro permitindo desta maneira manter o anonimato para garantir todas as condições de privacidade.
       Somada a possibilidade de interagir com outros membros, a plataforma brinda workshops, eventos, informação sobre fé e família e depoimentos de outros usuários.

Fonte: http://pt.aleteia.org

Mais de um milhão e meio marcham contra a ideologia de gênero no Peru

      marcha
      Sob o lema #ConMisHijosNoTeMetas (Não se meta com os meus filhos), mais de um milhão e meio de peruanos se manifestaram nas 24 regiões do Peru contra a doutrinação da ideologia de gênero de estudantes menores de idade
     #ConMisHijosNoTeMetas é uma campanha que responde a tentativa do governo do Peru, através do Ministério da Educação, de promover em 2017 um Currículo Nacional para crianças a partir de 0 anos, com critérios da ideologia de gênero.
       Em janeiro deste ano, a Conferência Episcopal peruana assinalou que o governo “deve suspender imediatamente no novo Currículo Nacional aquelas noções provenientes da ideologia de gênero”.

Em vários pontos de Lima, capital do país, a partir das 14h (hora local) de 4 de março, grupos multitudinários se reuniram e se dirigiram à Praça San Martin, no centro da cidade.
Fonte: ACIdigital

domingo, 5 de março de 2017

O JOSÉ QUE ESPERO PARA CASAR?


Ultimamente, estava lendo um artigo que dizia: Como esperar pelo José que nunca chega. Como o texto se direcionava às mulheres, decidi escrever esse texto com outra abordagem:
"COMO SER O JOSÉ DE ALGUÉM"
É muito comum, nos retiros e rodinhas de Igreja, quando se fala sobre relacionamento amoroso, as meninas se referirem ao futuro namorado, noivo, marido como o seu ‘José’. Fazem referência ao santo esposo de Maria, um exemplo para nós de respeito, cuidado, paciência e dedicação à família. São José é venerado não só como padroeiro do trabalho, mas também como um modelo de virtudes em quem os homens podem se espelhar.

COMO SER O JOSÉ DE ALGUÉM?
Hoje em dia, vemos muitos homens que se cobram bastante por não conseguirem estar namorando, ou encontrar uma pessoa adequada para namorar. Existem homens que estão cada vez mais perdendo a sua postura de homem e acabam não sabendo como se aproximar da mulher.
Considere alguns pontos que podem nos ajudar:
1. AMOR PRÓPRIO
Não se trata de encontrar a pessoa certa, mas, preparar a si mesmo, para ser a pessoa certa de alguém. Nos relacionamentos, ainda hoje, as mulheres, às vezes, esperam aquele príncipe encantado no cavalo branco, e reclamam que muitas vezes só aparece o cavalo. E com os homens não é diferente. Mesmo aqueles mais durões, no fundo, o coração gera um desejo de encontrar aquela princesa encantada, que vai fazê-lo feliz. Mas sabemos que aqui, é vida real não tem essa de "princesa encantada". O que podemos fazer é preparar o nosso coração, ser um homem de Deus, e ter como modelo São José. Peçamos a ele a intercessão, para nos preparar para ser a pessoa certa para alguém. Eu preciso ter um relacionamento saudável primeiro comigo mesmo, preciso ter momentos sozinhos e me amar, para depois querer amar alguém.
2. SER HOMEM
O que quero dizer com esse SER HOMEM? hoje em dia os homens estão deixando muitas vezes de ser homem com "H" maiúsculo, por que eles pedem a Deus aquela determinada mulher, mas não toma nenhuma atitude de homem para se aproximar da mesma, espera ela ir atrás dele. Como os homens estão perdendo atitude, as mulheres sentem a necessidade de ir ao encontro deles.
Se você se interessa por uma mulher, se vocês têm afinidade, a primeira coisa a se fazer é tentar estabelecer uma amizade saudável com ela, e lógico estar em oração e ouvindo se é isso mesmo que Deus quer na vida de ambos. O segundo passo é você se fazer presente na vida dela, para que você vire uma lembrança contínua e permanecendo como aquele amigo próximo. O terceiro passo é esperar o tempo de Deus, é saber se ela também tem interesses por você. O não você já tem, está esperando o que? Toma uma atitude de homem e vai atrás do sonho que está em seu coração Talvez você esteja deixando o amor da sua vida passar, por um medo. 
3. DECISÃO
Há uma frase que diz: "para quem não sabe o que quer, qualquer coisa serve".
Precisamos deixar dessa onda de ter "contatinhos" homem de verdade não tem "contatinhos", tem uma mulher segundo o coração de Deus. Essa sim, mesmo se conhecer a sua pior versão, nunca vai sair do seu lado!
Então precisamos saber o que queremos e se decidir pela pessoa certa para nós. Queiramos estabelecer uma amizade e mais na frente até um relacionamento sério. Se há muitos casamentos sendo desfeitos é porque as pessoas não se conheceram nem antes e nem durante o namoro, então, no casamento descobrem quem é realmente a sua parceira. Seja um homem de DECISÃO. Não se iluda por aparências, porque sempre vai aparecer pessoas bonitas e que podem gerar algum encanto em você, mas nós homens, quando queremos, sabemos ser firmes e temos que ser para saber dizer não. Cada não que damos para o que possa aparecer, estamos concretizando o nosso foco no que queremos realmente e construindo um SIM, do “para sempre” que um dia será dado.
4. MATURIDADE
E por último precisamos ser homens maduros. As mulheres não querem se relacionar com uma criança, mas com um homem de verdade. Seja um homem que tenha uma meta na vida, que goste de estudar, que seja trabalhador e queira ser alguém na vida, e o mais importante: um homem temente a Deus. Quando o homem teme ao Senhor ele fica mais bonito do que já é, e com certeza as mulheres concordam com isso, é uma característica única e poucos têm. Hoje em dia está difícil encontrar um homem assim, que tenha São José como referencia,  sendo justo, casto e obediente ao Senhor. Se  você tem todas essas virtudes, não se apresse, seja um homem segundo o que Deus quer de você, não pule etapas e nem queira fazer no seu tempo, pois o tempo de Deus é perfeito e ele tem reservado o melhor. O homem maduro é: um homem responsável, que tem objetivos na vida, que sabe o que quer, e é temente ao Senhor.
São José, rogai por nós!

Marcos Otávio Linhares Pinheiro Junior.
Comunidade Filhos da Misericórdia/ PB