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quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Cristo sai ao nosso encontro para levar-nos às alturas
Diante dos milhares de fiéis e peregrinos que se reuniram em frente à Residência Pontifícia de Castel Gandolfo para rezar o ângelus com o Santo Padre, o Papa comentou o Evangelho deste domingo, destacando que o Senhor “vem ao nosso encontro, abaixa o céu para tomar-nos pela mão e levar-nos à sua altura”.
Segunda a nota da Rádio Vaticano em português, o Papa Bento falando sobre o Evangelho de hoje que narra a travessia dos apóstolos pelo Mar da Galiléia, indicou que “a barca já estava a muitas milhas da terra e era agitada pelas ondas - o vento, de fato, vinha da direção contrária, e eis que, no final da noite, [Jesus] andou em sua direção, caminhando sobre o mar. Os discípulos ficaram chocados e, confundindo-o com um fantasma, gritando de medo, não o reconheceram, não entenderam que se tratava do Senhor”. Mas Jesus os tranqüiliza, citou o Papa: "Coragem, sou eu, não tenhais medo".
Em seguida, Bento XVI explicou que “o mar simboliza a vida presente e a instabilidade do mundo visível, a tempestade indica todos os tipos de tribulações, de dificuldades, que oprimem o ser humano. A barca, porém, representa a Igreja edificada em Cristo e guiada pelos Apóstolos. Jesus quer educar os discípulos a suportarem com coragem as dificuldades da vida, confiando em Deus, naquele que se revelou ao profeta Elias, no monte Horebe "no sussurro de uma brisa suave".
O Papa também falou sobre o gesto do apóstolo Pedro, “que, tomado por uma onda de amor pelo Mestre, pede-lhe para ir ao seu encontro, caminhando sobre as águas. Mas, vendo que o vento estava forte, teve medo e, começando a afundar, gritou: Senhor, salva-me."
E aqui o Santo Padre esclareceu: “Pedro caminha sobre as águas não pela própria força, mas pela graça divina, na qual crê, e quando é tomado pela dúvida, quando já não fixa seu olhar em Jesus, mas tem medo do vento, quando não confia totalmente na palavra do Mestre, quer dizer que ele está se afastando Dele, e é então que risca afogar-se no mar da vida”.
Na conclusão do seu discurso o Papa também falou sobre “a experiência do profeta Elias, que ouviu a passagem de Deus e a fé do apóstolo Pedro, nos faz entender que, o Senhor, mesmo antes que o procuremos ou o invoquemos, é Ele próprio que vem ao nosso encontro, abaixa o céu para tomar-nos pela mão e levar-nos à sua altura; espera somente que confiemos plenamente Nele”.
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