um lugar para partilhar a experiência com o amor mais forte e radical da nossa vida , com a pessoa do Ressuscitado que passou pela Cruz Jesus Cristo
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
O Natal, muito mais do que você imagina.
Para todos os cristãos
o Natal é muito mais que a lembrança do nascimento de um grande personagem.
Explicar o sentido desta festa nos dias atuais é muito importante,
uma vez que inclusive os não-crentes percebem como algo extraordinário e
transcendente, algo íntimo que toca os corações.
Os valores da simplicidade, da amizade e da solidariedade, que
tanto se exaltam nesta festa, não bastam para assimilar plenamente o valor do
Natal.
No Natal, portanto, não nos limitamos a comemorar o nascimento
de um grande personagem; não celebramos simplesmente e em abstrato o mistério
do nascimento do homem ou em geral o nascimento da vida; tampouco celebramos só
o princípio de uma nova estação.
Nós sabemos que se celebra o acontecimento central da história:
a Encarnação do Verbo divino para a redenção da humanidade Jesus Cristo.
Na Biblia o evangelista São João em seu prologo usa a palavra
grega “Logos” que é utilizada a Jesus não tem só significado de “verbo”, mas também de “Sentido”.
Então podemos concluir
que o “Sentido eterno” do mundo se fez tangível a nossos sentidos e à nossa
inteligência: agora podemos tocá-lo e contemplá-lo, e esse “sentido” não é
simplesmente uma idéia geral inscrita no mundo, mas é uma Pessoa que se
interessa por cada um de nós, é Jesus Cristo.
Sim, existe um sentido, e o sentido não é um protesto impotente
contra o absurdo. O Sentido é poderoso: é Deus bom, que não se confunde com
qualquer poder excelso e distante, ao que nunca se poderia chegar, mas um Deus
que se fez próximo de nós.
Mas, por que Deus se fez um menino indefeso?
Na gruta de Belém, Deus se mostra a nós como humilde ‘infante’
para vencer nossa soberba.
Talvez tivéssemos nos rendido mais facilmente frente ao poder,
frente à sabedoria; mas Ele não quer nossa rendição; apela mais ao nosso
coração e à nossa decisão livre de aceitar seu amor.
Então neste tempo que
se especula mais uma vez no fim do mundo, porque não acabar com uma vida vazia
e sem sentido, presa a soberba, orgulho e avareza. Começar neste natal com uma
vida nova, cheia de alegria e cheia de “Sentido” que é Jesus o Deus que vem ao seu encontro como um menino.
sábado, 13 de outubro de 2012
Como Mudar o Mundo?
Um
cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava
resolvido a encontrar meios de melhorá-los. Passava dias em seu
laboratório em busca de respostas para suas dúvidas. Certo dia, seu
filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a
trabalhar. O cientista nervoso pela interrupção, tentou que o filho
fosse brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível demovê-lo,
o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo
de distrair sua atenção. De repente deparou-se com o mapa do mundo,
o que procurava! Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em
vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao
filho dizendo: - Você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o
mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se
consegue consertá-lo bem direitinho! Faça tudo sozinho. Calculou
que a criança levaria dias para recompor o mapa. Algumas horas
depois, ouviu a voz do filho que o chamava claramente: - Pai, pai, já
fiz tudo. Consegui terminar tudinho! A princípio o pai não deu
crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter
conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o
cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria
um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava
completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos
lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz? Você
não sabia como era o mundo, meu filho, como conseguiu? - Pai, eu não
sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista
para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem.
Quando você me deu o mundo para consertar, eu tentei mas não
consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e
comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui
consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.
sexta-feira, 25 de maio de 2012
Por que o celibato do sacerdote?
Porque viver a castidade?
Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e
foi celibatário; então, a Igreja vê Nele o Modelo do verdadeiro
sacerdote que, pelo celibato se conforma ao grande Sacerdote. Jesus
deixou claro a sua aprovação e recomendação ao celibato para os
sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre
de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há
eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus.
Quem puder compreender, compreenda.” (Mateus 19,12)
Nisto Cristo está dizendo que os
sacerdotes devem assumir o celibato, como Ele o fez, “por amor ao Reino
de Deus”. O sacerdote deve ficar livre dos pesados encargos de manter
uma família, educar filhos, trabalhar para manter o lar; podendo assim
dedicar-se totalmente ao Reino de Deus. É por isso que desde o ano 306,
no Concilio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o
Ocidente, até que em 1123 o Concílio Universal de Latrão I o tornou
obrigatório.
É preciso dizer que a Igreja não impõe
a celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente, e com alegria,
por aqueles que têm essa vocação especial de entregar-se totalmente ao
serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que Deus concede aos
chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal
claro da verdadeira vocação sacerdotal.
No inicio do Cristianismo a grandeza do
celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve
a Timóteo, que S. Paulo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O
epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2).
Estaria, por isto, o padre hoje obrigado a casar-se? Não. O Apóstolo
tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso cujos membros se
converteram em idade adulta, com muitos já casados. Dentre esses o
Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados
(evitando os viúvos recasados). Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo
celibato, escrevia aos fiéis de Corinto (1Cor 7,25-35) enfatizando o
valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se
permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se
casem”. (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures
mulher”. O Apóstolo se refere às preocupações ligadas ao casamento
(orçamento, salário, educação dos filhos…). E Paulo enfatiza:
“Quem não tem esposa, cuida das coisas
do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma
forma a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a
fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida
das coisas do mundo; procura como agradar ao marido”. “Procede bem
aquele que casa sua virgem; aquele que não a casa, procede melhor
ainda” (1Cor 7, 38). A virgindade consagrada e o celibato não tinham
valor nem para o judeu nem para o pagão. Eles brotam da consciência de
que o Reino já chegou com Jesus Cristo.
O último Sínodo dos Bispos sobre a
Eucaristia, confirmou o celibato e o Papa Bento XVI expressou isso na
Exortação Apostólica pos-sinodal, “Sacramentum Caritatis”, de 22 fev
2007. Disse o Papa:
“Os padres sinodais quiseram sublinhar
como o sacerdócio ministerial requer, através da ordenação, a plena
configuração a Cristo… é necessário reiterar o sentido profundo do
celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e
confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de
entre aqueles que vivem no celibato (…) Com efeito, nesta opção do
sacerdote encontram expressão peculiar a dedicação que o conforma a
Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo pelo Reino de Deus. O fato de o
próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao
sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de
referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal
respeito. Assim, não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em
termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo.
Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o
coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa. Em sintonia com
a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos
Pontífices meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma
vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus,
e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição
latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e
dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria
sociedade.”(n.24) O Mahatma Ghandi, hindu, tinha grande apreço pelo
celibato. Ele disse: “Não tenham receio de que o celibato leve à
extinção da raça humana. O resultado mais lógico será a transferência
da nossa humanidade para um plano mais alto… “Vocês erram não
reconhecendo o valor do celibato: eu penso que é exatamente graças ao
celibato dos seus sacerdotes que a Igreja católica romana continua
sempre vigorosa”. (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed.
Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974)
Alguns querem culpar o celibato pelos
erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A
queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por
falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto
assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e
quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos!
O casamento poderia trazer muitas
dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam
todos os problemas que os leigos têm, quando se casam. O primeiro é
encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as
muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa
mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois,
os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os
pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teria?
Certamente não todos que talvez desejasse. Teria certamente que fazer o
controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige
disciplina. A esposa aceitaria isso?
Além disso, podemos imaginar como seria
nocivo para a Igreja e para os fiéis o contra-testemunho de um padre
que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais
ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher. Será que
os fiéis teriam a necessária confiança no absoluto sigilo das
confissões e aconselhamentos com o padre casado? Você já pensou se um
dos filhos do padre entrasse pelos descaminhos da violência, da
bebedeira, das drogas e do sexo prematuro, com o possível
engravidamento da namorada?
Tudo isso, mas principalmente a sua
conformação a Jesus Cristo, dedicado total e exclusivamente ao Reino de
Deus, valoriza o celibato sacerdotal..
Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br
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